sexta-feira, setembro 26, 2008

A Arte Grega




Didática da História e Cultura das Artes: - Apresentação do Módulo 1 - A Cultura da Ágora:- A época clássica é o momento culminante da cultura helénica. Atenas vive , até finais do século V aC., momentos de grande dinamismo devido, em parte, à reconstrução da Acrópele. Na arquitectura:- Os gregos criraram diversas tipologias de edifícios, de entre os quais se destacam os templos, por um lado, as construções civis como o teatro, por outro, e três ordens arquitectónicas : a dórica, jónica e coríntia. Da mesma forma que as ordens dórica e jónica se desenvolveram paralelamente e surgiram mais cedo, a ordem coríntia é característica da época helenistica. Pouco a pouco, a madeira e o adobe foram deixando de ser utilizados nos grandes edifícios para passar a ser usada principalmente a pedra, mas também e sobretudo o mármore, muito mais resistente e duradouro. O Templo Grego, é uma criação da época arcaica, edifica-se geralmente num espaço sagrado, a Acrópele cujo expoente máximo é a de Atenas. A planta dos templos era composta por duas àreas bem marcadas, a pronaos precedida de um pórtico e a naos espaço reservado à divindade. Outro espaço arquitectónico de referência era o teatro no âmbito das relações de sociabilidade e lazer. Apresentava uma planta semi-circular e estruturada em três dimensões: o theatron ou bancada, destinado ao público e que era uma zona em degraus e de forma circular: a orquestra, separada da zona anterior por um corredor concêntrico; um espaço circular destinado à movimentação dos elementos do coro, onde se erguia no centro o altar de Dionísio. Por fim, a boca de cena, uma plataforma mais ampla que se estendia na rectaguarda da orquestra e sobre a qual se desenvolviam os diálogos dos actores. Os gregos da época arcaica desenvolveram a escultura monumental arquitectónica e a isolada. As duas manifestaram desde início um profundo interesse pela figura humana e, apesar de nas primeiras esculturas as representações serem hierárticas e pouco expressivas, no período clássico evoluíram para um naturalismo e idealização marcantes. Na época helenística, a obsessão pela petição formal da abatomia humana foi substituida pela valorizaação do indíviduo por ser tão diferenciado e generalizou-se a execução do retrato de pessoas de todas as idades. A pintura desenvolveu-se tendo como suporte a cerâmica, nos primeiros tempos da civilização grega eram representadas formas geométricas muito simples, que, com o passar do tempo, evoluíram até adquirirem volume e foram enrequecidas pela adição de motivos vegetais zoomórficos e, por fim, da figura humana, progressivamente com maior movimento e, nos finais desta civilização, com uma clara tendência de formas complexas. Os pintores de cerâmica utilizaram básicamente duas técnicas. A primeira a surgir foi a das figuras negras, que consistia em pintar em tons escuros sobre um fundo claro. Isso permitiu a representação de cenas em que as figuras adquirem um carácter narrativo, dando lugar a dois estilos: um minaturista, em que a composição está demarcada dentro de faixas paralelas, e outro em que as cenas não sofrem delimitações e se desenvolvem por toda a superfície da peça. Em finais do século VI aC., este sistema começou a ser substituido pela técnica das figuras vermelhas , deixando-se as imagens na cor avermelhada da argila e pintando-se somente o fundo a preto. O tronco comum que será objecto de estudo nos nossos tempos lectivos apresenta os seguintes indicadores: 1. O século V; 2. Atenas; 3.O grego Péricles; 4. A Ágora; 5. A Batalha de Salamina; . Seguem-se os Casos Práticos e as Síntese. Postado Por Arlindo Sena


quinta-feira, setembro 25, 2008

O 5 de Outubro de 1910 em Elvas

História local :- O fim da primeira década do século XX, abanava as estruturas do regime democrático, em Elvas a aristocracia de sangue praticamente tinham desaparecido, os Pessanhas e os Marqueses de Alegrete, eram as únicas famílias monárquicas com reconhecimento real, não podemos esquecer que os seus palecetes serviram de recepção e de homenagem nas duas últimas visitas reais a Elvas. Os republicanos cada vez mais acreditavam no fim do regime, isso mesmo diria o Dr. António José de Almeida, no Salão que se situava na Rua Nova da Vedoria, quando convidado por Júlio Alcântara de Botelho, entusiasta e responsável pela organização republicana em Elvas apesar de nobre de nascimento. Mas já um ano anos (1908), o Dr. Benardino Machado, tinha deixado essa mensagem, perante o entusiasmo de um jovem galante, Dr. João Camoesas que perante a presença das senhoras de Elvas, dava "Vivas às damas de Elvas" para de seguida dar "Vivas à República" facto que se regista pela primeira vez publicamente em Elvas, em consequência lia-se na folha periódica local: "Sente-se já; embora não se veja, qualquer coisa de novo, que no nosso mundo político vae em breve aparecer". O tempo da Monarquia esgotava-se na manhã de 5 de Outubro de 1910, mas só pela tarde, pelas 17h00 horas, a bandeira republicana era hasteada no quartel general. Nos Paços do Concelho, começava a festa popular, cabendo a Júlio Botelho de Alcântara o içar da bandeira republicana, seguindo-se o uso da palavra por José Barroso, José Lopes e pelo Dr. João Camoesas que aconselha perante a euforia da população "ordem e serenidade", a "revolução" descia à cidade, percorrendo as Ruas da Cadeia, Carreira, Oilvença, Alcamin, voltando à rua da Cadeia, não faltando a Banda dos Caçadores nº4 e o Dr. João Camoesas que se associando, ao entusiasmo popular, continuava a pedir ordem e sossego, saudando os revolucionários de Lisboa. A comissão republicana de Elvas seria constitída pelo Presidente:- Júlio Alcântara de Botelho, o vice-presidente Mathias Florêncio e os vereadores António Correia, José Cayolla, José Vicente Franco e Manuel Francisco Carvalho. No espaço rural, Vila Fernando seria a primeira a aderir à República em 12 de Outubro de 1910, serio o Padre Marques Serrão, mais tarde Presidente da Câmara e que faz história nas primeiras horas da República, dizendo ao povo que agora é soberano e não está sujeito à mais leve pressão política e o que os republicanos pretendem é apenas uma paz durador. Nos meses seguintes as adesões ao Partido Republicano, sucediam-se não faltando a adesão dos grupos profissionais mais esclarecidos como lavradores, comerciantes, militares, funcionários públicos, farmacêuticos e escrutários, onde não faltavam antigos monárquicos e liberais. Postado por Arlindo Sena

quarta-feira, setembro 24, 2008

Tratado de Alcanizes em Campo Maior

Notícias da região: - Nos dias 12 e 13 de Setembro, a vila de Campo Maior recuou no tempo, nomeadamente 711 anos, para comemorar a assinatura do Tratado de Alcanizes, tão importante para a definição do território nacional. A comemoração foi uma iniciativa do Centro Educativo Alice Nabeiro, através das professoras Ana Paio e Cláudia Poeiras. Do evento fizeram parte uma recriação da assinatura do Tratado pelo Rei de Portugal, D.Dinis , e pelo rei de Castela, D.Fernando IV, e sua mãe, a regente, Dª Maria de Molina; uma feira medieval, com todas as atracções e transacções comerciais da época e um cortejo pela vila. Na sexta-feira, pelas vinte horas e trinta minutos, teve início um cortejo pela aantiga vila de Campo Maior, com a participação de cerca de 250 figurantes. De seguida, a comitiva regressou ao parque de estacionamente do Hotel Santa beatriz onde foi assinado e lido o Tratado. Seguiram-se lutas de guerreiros medievais, exibições de arqueiros e uma audição de flautistas. No sábado de manhã realizou-se um novo cortejo, desta vez pela parte nova da vila. De regresso ao local da feira, foi exibida a Peça Santa Beatriz da Silva. Da parte da tarde foi apresentada a Peça Tratado de Alcanizes e houve leituras de cantigas de amigo , de amor e de escárnio e mal-dizer. À noite foi servido um jantar medieval e uma nova exibição de pelejas, tiro com arco, danças e cantares medievais e, para finalizar, uma exibição de danças orientais. A meu ver a iniciativa teve imenso sucesso. em primeiro lugar porque envolveu todos os alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro, pois foram eles os protagnistas de todas as realizações. Em segundo lugar porque envolveu os encarregados de educação, que participaram activamente nas actividades. Finalmente, em terceiro lugar, porque permitiu expandir todo um conjunto de ensinamentos acerca de uma época histórica a todos os que assistiram ao evento. Resta dizer que todos os fatos, espadas, escudos e outros addereços foram da responsabilidade dos alunos e professores do Centro Educativo. Parabéns e até à próxima. Postado por Fernando Antunes.

quarta-feira, setembro 10, 2008

O 11 de Setembro de 2001



Notícias com história - Eram 8:46 am. , quando em 11 de Setembro de 2001, o horror foi simplesmente ampliado pelas várias cadeias de TV do mundo inteiro, quando uma série de ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda através do sequestro de quatro aviões comerciais que tinham como alvos o "World Trade Center e o Pentágono". [espaços simbólicos da vida económica e militar norte-americana].
A morte de cerca de 3234 pessoas e o luto na "cidadania universal" foi sem dúvida o resultado dessa acção mortífera . Mas a ameaça terrorista às populações civis da "aldeia global" foi outra das consequências imediatas do "11 de Setembro", mantém-se nos nossos dias a apesar da resposta militar dos Estados Unidos, se considerarmos que da média dos 700 atentados anuais em 2001 passou-se para 2.000 em 2007 e apenas um reduzido número de esses atentados são de matriz religiosa. Predominando nos últimos anos em cerca 36% segundo o Conselho de Segurança da ONU, as acções de carácter nacionalista e separatista, em regiões situadas no triângulo Índia-Cachemira e Paquistão, mas também no Afeganistão, Filipinas e Indonésia, que torna a Ásia o continente mais mortífero para as populações civis apesar de continuarmos a "olhar" para o Médio Oriente como o berço do terrorismo internacional. Postado por Arlindo Sena.



A Cultura do Palco

Didáctica da História e Cultura das Artes [ 12º ano de História e Cultura das Artes ] - Apresentação do Módulo 6 - A Cultura do Palco - Contexto histórico:- A arte Barroca, nasce em Roma e afirma-se durante o séc. XVII e primeiras décadas do século XVIII um pouco por toda a Europa adquirindo características diferentes segundo a tradição artística e a situação política, religiosa e social de cada País. Os estados absolutistas, a igreja da contra-reforma e a burguesia protestante apoderam-se das formas barrocas e utilizam-nas como modos de propagação e poder. Cronologia : 1618-1714, Do início da Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV. Características específicas da Arte Barroca:- São o movimento, a sinuosidade, o exagero, a teatrialidade e o fausto. Os jogos de luz que se manifestam na representação das artes maiores, o desenvolvimento da profundidade que praticamente substitui a perspectiva em vários planos. A temática mitológica e religiosa, em que a figura humana desempenha um papel de protagonista, desenvolvendo-se o retrato e a natureza morta. 1- A arquitectura barroca - Utiliza como edificações de referência a Igreja e o Palácio. As plantas são formalmente complexas em forma elíptica e oval. As fachadas onduladas e com efeitos contrastantes na utilização dos jogos de luz. O mármore é o material nobre por excelência. 2- Pintura Barroca- Desenvolve a grandiciosidade, dinamismo, naturalismo, dramatismo e expressividade. A técnica da iluminação consiste no jogo entre luz e sombra que como veremos atingiu o apogeu na obra de Caravaggio, o chamado "tenebrismo" . A perspectiva favorece ou provoca o exagero do dramatismo e violência das cenas e a profundidade permite o desenvolvimento de uma decoração ilusória em que aparecem anjos em apoteose, paisagens e elementos arquitectónicos que completam as cenas, em particular na chamada pintura de tectos . Serão objecto de estudo específico entre outras as obras de Caravaggio, Rubens, Rembrant, Johannnes Vermmeer, Diogo Velázques, Francisco Zubarán. 3- Na escultura Barroca- As características principais desta nova corrente são o dinamismo, a monumentalidade, a expressividade, o naturalismo e o dramatismo. Os retratos de personagens são realistas e expressam os sentimentos e inclusive as paixões, e a utilização da perspectiva acentua o poder e a força da composição. Além dos retratos e do busto, observa-se a representação de imagens religiosas e de santos para a decoração de espaços interiores religiosos e palcianos ou no espaço exterior, como fontes e praças. O tronco Comum :- desenvolve as nossas actividades práticas de sala de aula, no contexto do a) Tempo - 1618-1714. b) A Europa da Corte. c) O Rei Sol Luís XIV. d) O Palco. e) A mística e cerimoniais f) A revolução científica g) O teatro de Moliére e h) O Real Edifício de Mafra. Postado por Arlindo Sena

O que é a Arte ?

Didáctica de História e Cultura das Artes - 10º ano de História e Cultura das Artes / "Introdução ao Módulo inicial" - O que é a Arte ? - Poderíamos definir a palavra arte como a " manifestação da actividade humana mediante a qual se expressa, através de recursos plásticos, línguísticos ou sonoros, uma visão pessoal e isenta da interpretação do real ou do imaginário ". Todavia esta definição não explica de que forma se diferencia uma obra de arte que não seja ou se este significado é válido para todos os períodos da História. A concepção que os seres humanos têm da arte tem-se modificado, modifica-se e modificar-se-à , de acordo com o momento histórico e com a sociedade em que se enquadra. Na verdade, os primeiros artistas, os pintores rupestres, não tinham a noção de estarem a produzir uma obra de arte, pois o sentido que davam a essas imagens identificava-se com práticas da magicas ou a religiosas, desconhecendo-se se estariam também relacionadas com a estética. Nos nossos dias , consideramos que uma obra de arte, quer expresse ou não um significado ou sentimento quer na forma como é conseguida, provoca, da parte do espectador, uma reacção estética, de prazer ou de recusa, e deve ser criativa, ou seja, terá de apresentar formas de expressão originais. Não obstante o conceito de estética em si é também muito variável e aplicamo-lo frequentemente com significado distintos. Afirmamos que algo é estético quando na realidade pretendemos dizer que é bonito, elegante ou agradável e referimo-nos à estética de um artista, de um movimento ou de um estilo quando nos referimo-nod às suas características essenciais e ímpares. As disciplinas artísticas:- Mais importantes e marcantes no âmbito da história da arte em gaeral são a arquitectura, a pintura e a escultura. No entanto, podemos identificar outras designadas de de menores , independentemente do seu valor expressivo e evolução técnica e formal referimo-nos à joalharia, à cerâmica, ao mosaico ou ao vitral. De referir também a existência de duas disciplinas que só muito recentemente foram objecto de estudo e de divulgação bibliográfica nas úttimas décadas do século XX: a fotografia e o cinema. Os materiais e as técnicas - Os materiais empregues por exemplo na arquitectura variam segundo as épocas e a geografia do local. Na Antiguidade utilizava-se principalmente a pedra, o adobe, cozido ou não, e a madeira. A partir da revolução Industrial, tornam-se conhecidas as possibilidades construtivas do ferro, do aço e do vidro em larga escala e surgem novos materiais como o cimento armado ou mesmo o plástico, que trasformam o acto de construir que se manifesta cada vez mais rápido em função da maquinaria. Na pintura as diferentes técnicas foram-se desenvolvendo de acordo com o respectivo tipo de suporte: a parede, a madeira, a tela e o papel .... Este, por sua vez , determinou a composição da pintura e a textura. Antigamente, era o pintor que fabricava as suas próprias tintas com pigmentos naturais. Actualmente, existem lojas especializadas que oferecem uma grande variedade de produtos, para todas as necessidades, o que resulta numa melhor diversidade cromática, textura e plasticidade. As cores aplicam-se ao respectivo suporte previamente preparado com uma camada de gesso, de cor ou de qualquer outro material, utilizando pincéis ou espátulas. Na escultura , como na arquitectura , os materiais utilizados dependem da zona geográfica e do momento histórico. Os mais comuns por ordem de utilização pelo tempo histórico são o mármore, a argila, a madeira , o bronze e o ferro, embora nas últimas décadas se tenham testado todos os tipos de materiais desde o poliesterno ao tubo de néon. As técnicas empregues tradicionalmente pelos escultores são o talhar, modelar e moldar. Na primeira , o artista cria a forma cortando e extraindo o material excedente até conseguir o efeito desejado. Na segunda a diferença da primeira é a utilização de materiais macios e flexíveis, permitindo ao escultor adicionar ou eliminar pedaços a seu gosto. A moladagem aplica-se aos trabalhos em metal. Postado por Arlindo Sena.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Os cientista da Comunidade Judaica Elvense.

História Local - No Alto Alentejo, pelo menos desde finais do séc. XIV, estavam em crescimento algunas comunidades de origem judaica, das quais as chamadas Ruas Novas contribuíam para um novo traçado, como são os casos das vilas medievais de Elvas ou das vilas próximas desta, como foram exemplo as de Estremoz e Vila Viçosa. Na centúria seguinte, Castelo Vide, Campo Maior, Sousel e Fronteira, tornavam-se outros núcleos de população judaica em função das constantes fugas das inúmeras famílias que face à violência da Inquisição Espanhol, mais cruel que a portuguesa, determinava a procura dos espaços da raia portuguesa como locais de refúgio por excelência. Nesse contexto, Campo Maior e Elvas tornaram-se importantes "centros de recepção" dessas populações em fuga; em Elvas o número de fugitivos aproximou-se dos 10.000, que apesar de tudo estava longe do número atingido em locais mais a Norte do País, como Miranda que atingiu o triplo do número de refugiados daquela vila raiana da região do Caia. Na comuna de Elvas, considerando o fundo da Chancelaria de D. Afonso V [Arquivo Nacional da Torre do Tombo], em tempo de exílio judaico, José Verdugo ficava isento de prestar serviços ao concelho e os cirugiões Rabi Sabi e Ordenha, tinha permissão para viver entre os cristãos, tal como Meir Cuélar; o mesmo sucedia com Abel Alfarim e com o mercador Samuel Monção, tal como a maioria dos médicos (cirurgiões ) de Elvas. Mas a integração e reptução da comunidade judaica junto à cristã, era significativa junto daqueles que tinham como ofício a prática de outra ciência, para além da médica, referimo-nos aos físicos entre eles: Moisés Vinho, natural de Badajoz mas que exerceu a sua actividade em Elvas até ao fim dos seus dias ou Mestre Álvaro, que tal como Vidal de origem elvense desenvolviam a sua actividade nas localidades mais próximas. Todavia seriam os mercadores de matriz judaica que atingiram maior prosperidade e relevo já na época Moderna. Caso das famílias Fernandes e Gomes, com prósperas casas comerciais na Rua dos Mercadores em Lisboa, de resto destes grupos familiares destacaram-se notáveis elvenses como António Fernandes, O surdo que foi simultâneamente mercador e banqueiro, que ligado ao tráfico negreiro entrou na Corte do monarca D.Manuel I com a função de tesoureiro da Coroa. Ou Manuel Gomes, fornecedor dos produtos coloniais aos Ruiz Del Campo, numa época em que o mercador elvense dominavva as rotas comerciais de Segóvia e Medina e pouco depois tornava-se uma referência no comércio internacional. A sua trajectória é seguida pelos seus filhos Luis Gomes que torna-se coronel da Nobreza e ostenta pouco depois o ofício de Correio Môr que compra por 70.000 cruzados ao monarca ibérico D. Filipe II e que se manteve até 1797 nesta família elvense então de pergaminhos da alta nobreza e distante da sua origem judaica, utilizando a designação de Mata Sousa Coutinho . Postado por Arlindo Sena