sábado, fevereiro 28, 2009

Ministro Arantes Oliveira, Estado Novo em Elvas - Documento iconográfico

Mina de Almadén declarada de Interesse Cultural para a Humanidade

Património da UNESCO - A Espanha surpreendentemente colocou mais um bem patrimonial cassificado na categoria de Bens de Interesse Cultural, trata-se das Minas de Almadén situadas na região de Castela e La Mancha e que corresponde a um complexo mineiro industrial abandonado recentemente em 2002. Esta "estação mineira" considerada como a maior do mundo na exploração de mercúrio e segundo alguns colegas espanhóis da Universidad de Castilla y La Mancha, explorada sem interrupção desde o séc. III aC., está agora aberto ao público, incluindo uma descida ao interior da mina e a um espaço que remonta à exploração da mina durante o séc. XVI. Antigas oficinas metalúrgicas , poços variados e vários fornos, compõem o mais recente bem classificado pela UNESCO, num processo bem fundamentado científicamente e que em sete anos para surpresa da própria equipa coordenadora conseguiu o objectivo desejado. Postado por Arlindo Sena

O Doutor Morte faleceu duas vezes

Notícia com História/História Universal - Recentes dados de uma investigação realizada pelo Canal alemão de TV, ZDF, recolhidos junto do filho do criminoso nazi Aribert Heim, se comprovou que o "doutor morte", faleceu em 1992 no Cairo e não no pós-guerra como foi anunciado ao mundo durante várias décadas. Esta personagem, nascida em 1914 na Áustria e em fuga desde 1962 licenciou-se em medicina em Viena em 1940, quando era já um destacado membro do Partido Nacional Socialista que militou desde 1935. Após a anexação da Áustria por Alemanha ingressou como voluntário na Waffen-SS. Despois de uma breve passagem pelas estâncias de Sachsenhausen y Buchenwalt, chega em Outubro de 1941, a Mauthausen onde iniciou as suas experiências mortíferas junto de um grupo de prisioneiros experimentais, a quem ministrou injecções de fenol, água e petróleo, para comprovar o tempo de duração entre o efeito das referidas experiências e a morte. Da sua vida clandestina a equipa de reportagem da ZDF, apurou ainda que Heim, viveu no Cairo com o nome de Tarek Farid Hussein, chegando a converter-se ao Islão, num período em que as buscas dos chamados caçadores de Nazis esperavam encontrá-lo no Chile e na Argentina, que segundo algumas fontes terá vivido e falecido. Hoje em 2009 finalmente se anuncia nos meios historiográficos a morte de um dos Nazis mais procurados pela história. Postado por Arlindo Sena.

Grupo de Teatro - Elvas - década de 30 - documento iconográfico

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Festa popular em Santa Eulália meados do séc.XX - documento iconográfico

Os Fidalgos de Elvas e a descoberta da Flórida

História Local ...." É outro enigma da Historiografia dos Descobrimentos portugueses é se chegaram de facto à Flórida e quem foram os seus descobridores ? Quem eram ? Em primeiro lugar é importante fundamentar que tal descobrimento foi de inciativa de Portugueses, com orientação ou por acidente . Em segundo lugar, não se percebe muito bem, porque é que o historiador espanhol Pedro Martin D´Anghiera, identifica, a descoberta de tais terras por Ponce Leon em 1512 ... Sobre esta problemática, o Doutor Duarte Leite afirma, que não compreende como durante quase duas décadas o descobrimento feito pelos portugueses passou despercebido à Espanha, quando os achados espanhóis estavam devidamente memorados na cartografia oficial na mesma época. E é o mesmo académico, que dá credibilidade ao descobrimento por portugueses quando afirma: "... numeros portugueses, fidalgos de Elvas e outros da mesma condição, que tiveram na expedição papéis de relevo, como consta da narrativa completa do peruano, Ganclilasco de La Vega e de uma min uciosa relação escrita por um desses fidalgos elvenses, impressa em Évora em 1557". Esta posição reforça a participação dos Elvenses no evento que nos referem, permitindo-nos identificar a sua condição social, de fidalgos ou melhor de nobres. Postado Arlindo Sena.

A noção de arquitectura segundo Le Corbusierr

História Cultura das Artes - 12º ano - Leitura formativa : - Sem dúvida que é difícil definir quem foi Charles -Édouard Jeanneret, Le Corbusier (1887-1965) ? Se fosse possível compará-lo com outro artista, a mesma na nossa opinião seria Pablo Picasso. Se Picasso marcou em definitivo as linhas mestras da arte contemporânea, o arquitecto franco-suiço, poderá ser admirado como um mestre, o "catedrático" da arquitectura contemporânea. Sem dúvida, que Le Corbusier pode ser considerado o arquitecto mais importante do século XX, pela forma criativa e pela fantasia que o risco da sua obra denuncia. Por outro lado, foi um artista no seu más amplo sentido da palavra: arquitecto, pintor, escultor, desenhador de móveis, urbanista ou técnico de arquitectura, que entendia a arte como uma missão social e uma via para renovar o espírito humano. A Carta de Atenas, de que foi inspirador e autor e publicada em 1933 apresentava então este génio da arquitectura contemporânea as primeiras preocupações com a expansão das cidades ocidentais : "A maioria das cidades, apresentam-se hoje desordenadas que não correspondem às necessidades biológicas e psicológicas dos seus habitantes ... mais adiante lê-se ... A violência dos interesses privados determina uma desastrosa ruptura do equilíbrio entre a pressão e as forças económicas, por um lado e de debilidade do controlo administrativo e de impotência da solidariedade social por outro (...). A dimensão de cada parte dentro do dispositivo urbano só pode regular-se à escala humana ... . São conclusões que ainda hoje são difíceis de aplicar. Le Corbusier, do ponto de vista do racionalismo arquitectónico, estava convencido de que a lógica e a razão eram o maior antídoto contra a infelicidade e contra a desordem. Em sentido inverso, quis construir ambientes racionais em que todo deveria estar organizado em função do homem. Todavia ao inaugurar um novo estilo o Brutalismo acabou por abrir uma fisura creativa na planificação da arquitectura funcionalista e racionalista abrindo a um novo caminho para uma nova completa revisão da arquitectura do século XX. Postado por Arlindo Sena.

Tribuna militar do RI8 -Elvas década de 1970 - Documento iconográfico

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

A organização policial da Polícia fiscal na raia de Elvas/Caia.

História Local:- Se é certo que o controlo da raia desde meados do século XIX já estava estabelecido ou pelo menos tinha uma organização mais formal de que em outros períodos da história, a verdade é que a fiscalização da raia portuguesa não era efectuada com rigor e muitas vezes nem funcionava nos diferentes postos fiscais situados a 20 metros do Guadiana. Todavia, a década de 1880, foi marcada por um conjunto de reformas legislativas e operacionais que foram determinantes para a organização dos serviços e de fiscalização com o objectivo: "(...) de poderem com mais vantagem efectuar o serviço de fiscalização e controlar os caminhos e guarnecer os vários pontos de fronteira, muito acessíveis a entrada clandestina de géneros estrangeiros". Entretanto, do ponto de vista operacional, as forças da ordem passavam a actuar em duas dimensões, relativamente ao controlo e fiscalização através da Guarda Fiscal (1885) que tinha como função prioritária a repressão ao contrabando e respectiva transgressão fiscal. Enquanto a polícia fiscal, criada em 1886, centrava a sua actuação na transgressão fiscal estando limitada a sua acção ao espaço aduaneiro. O regime fiscal era preciso: « ... raia e no litoral são estes serviços de competência da guarda fiscal, devendo, porém tanto como outra [polícia fiscal] coadjuvar-se mutuamente, quando houver necessidade de levar qualquer diligência fiscal». A partir de então , a linha de demarcação estava sob o controlo de uma força específica e não de forças militares que funcionavam como uma espécie de guardas de fronteira como até então. Assim o serviço de sentinelas, patrulhas e rondas e diligências especiais asseguravam teoricamente as tentativas de fuga aos direitos fiscais do Estado Português. No final do século em 1889, regista-se a entrada das primeiras mulheres nos serviços alfandegários com a função de apalpadeiras, algumas eram viúvas de antigos policiais de Elvas e que tinham como função a fiscalização das mulheres referenciadas ou suspeitas de contrabando. Asssim em final do século XIX as forças policiais estacionadas na raia do Caia possuía pela primeira vez todos os instrumentos fiscais e júridicos para o cumprimento das suas funções. Postado por Arlindo Sena.

domingo, fevereiro 22, 2009

O Elvas CAD, no Estádio dos Barreiros - Documento iconográfico.




A arquitectura Modernista e Racionalista

Leitura formativa 12º ano História e cultura das Artes- O racionalismo transformou radicamente as linhas arquitectónicas e o conceito de espaço. E introduziu nos materiais no acto construtivo, o betão, o vidro e o aço. Dos mesmos destaca-se as grandes dimensões de vidros que ocupam as fachadas da arquitectura modernista, mas o que predomina no acto de projectar uma edificação é adaptação do mesmo à função e ao crescimento urbano e as exigências económicas da sociedade industrial. Para isso, a planificação de estruturas simples e ligeiras, utilizando materiais baratos e a integração no espaço envolvendo recorrendo aos espaços verdes e equipamentos é uma realidade. Os movimentos modernistas desenvolveram-se nos Estados Unidos e na Europa, onde a Escola de Bauhaus foi o traço de união, uma vez que tendo nascido na Alemanha fundada por Walter Gropius, deslocou-se para os Estados Unidos, face às dificuldades de geração de um projecto de arte na Alemanha Nazi. Duas das suas principais finalidades foi sem dúvia a abolição da fronteira entre artistas e artesãos e a síntese entre a arquitecturas e indústria. Na chamda Escola de Chicago, destacaram -se arquitectos como Louis Sullivam que defendia que seguia o conceito que no acto contrustivo prevaleceu na ideia de que " a forma é consequência da função", no racionalismo funcionalista o betão constitui o elemento fundamental no acto de construir todas as possibilidades construtivas, sendo Le Corbusier o principal representante.. Postado por Arlindo Sena

Na rota da Maçonaria Elvense

História Local.Fichas de História Local- nº41, in Linhas de Elvas. A história da Maçonaria Elvense desenvolveu-se praticamente em dois períodos de transformação radical da história portuguesa : a Revolução do Porto de 1820 e no período republicano em Portugal (1910-1926). E, se no primeiro destes períodos as lojas maçónicas em Elvas pouco ou nada contribuiram para a vida e trajectória da política local, durante a Primeira República uma parte significativa dos maçons elvenses determinaram a vida do poder local durante os quinza anos das experiência republicanas em Portugal. Na época liberal, três lojas são identificadas, a Loja da Liberalidade, a Loja 21 de julho e a Loja União Transgna. Provavelmente, e anterior a estas, terá existido uma de natureza militar sem confirmação e associada ao período de vivência do Conde Lippe pela nossa cidade. Mas talvez a mais importante foi sem dúvida a Loja da Liberalidade fundada quase meio século depois em 1818 ou 1820, contudo as figuras associadas a esta loja eram deveras importantes na vida local. Citando desde logo o nome do Bispo de Elvas, D. Frei Joaquim Menezes de Ataíde que, atraído pelos valores da Liberadade, Fraternidade e Igualdade, participou activamente na vida política portuguesa tal como o Bispo D. Manuel Cunha, cento e oito anos antes. O governador da Praça, Thomas Stubbs, era outra das figuras de referência onde não faltava o Coronel António Brito, comandante do popular Regimento de Infantaria nº 5 estacionado na cidade. Os militares dominavam esta loja e alguns deles participaram na guerra civil contra os ideais absolutistas de D.Miguel. As outras lojas do séc. XIX ficaram no anonimato mas sem figuras de "proa". Com a República os ideais maçónicos voltavam a reunir os maçons, a Loja da Emancipação, quase se identifica com o humanista Júlio de Alcântara Botelho e com o mecenas da cultura elvenseAntónio Torres de Carvalho. Os militares a alguns proprietários da classe média acompanhavam os ideais políticos da loja de emancipação cujo objectivo prioritário era o domínio da vida política local. O Quarto Triângulo sem granderepresentação apresentava vultos com a figura do Comandante Interino do Forte da Graça em 1928, o elvense José Jacome de Santana da Silva e, o Triângulo nº 165, foi a única loja fundada fora dos muros da praça, tinha sede em Barbacena de matriz popular e tinha no entusiasmo do Professor primário José Dias Ferreira a sua razão de existência. Mas sem dúvida que a Loja da Emancipação foi sem dúvida a mais bem sucedida se tivermos presente que Júlio de Alcântara Botelho foi Presidente da Câmara em 1910 e 1919, António Torres de Carvalho, Administrador do Concelho em 1911, Raul Carlos Rebelo (1915-1917) e José Dias Barroso Administrador entre 1917-1918. Outras funções desde a presidência do Clube Elvense à condição de provedorda Santa Casa da Misericórdia ou Mesário da Confraria do Senhor da Piedade foram assumidas por alguns maçons. Outros são identificados ao longo dos dois últimos séculos em lojas regionais e nacionais, não faltando a presença feminina como as médicas Adelaide Cabete e Maia Conceição Brazão ou a doméstica Maria Joaquim Lopes Nogueira. Na História da Maçonaria de Elvas o cruzamento entre militares e a igreja é um facto curioso reduzindo o carácter anti-clerical dos liberais e republicanos de outras eras...Postado por Arlindo Sena

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Aprender a Ver, uma viagem ao MACE

Visita de Estudo - Numa das nossas visitas abertas pela nossa cidade de Elvas, na companhia dos meus estimados alunos do 12º Ano da Turma G de História e Cultura das Artes, visitámos na tarde de hoje o Museu da Arte Contemporânea de Elvas, mais uma digna instituição da cidade do ponto vista cultural e artístico e ao mesmo tempo um digno registo de uma recuperação de um espaço arquitectónico pela actual vereação municipal. Nesse acto pedagógico de Ensinar/aprender a Ver e a Interpretar procurámos acima de tudo concretizar através das obras presentes as seguintes noções de leitura do acto de leitura de uma obra artística. Reconhecer o estudo do objecto artístico como processo fundamental para o conhecimento : Nesta perspectiva, o nosso encantamento situou-se na "Expectativa de uma paisagem de Acontecimento 3, da autoria de Fernanda Fragateiro, trata-se de uma escultura monumental ou concretizando de uma instalação abstracta através da ocupação do espaço em que a base de tal apropriação espacial se organiza com base numa peça/pavimento que incorpora uma lógica modular. Notável a obra Sem Título de José Loureiro, em que o movimento aparente próximo do "futurismo" se dilui através dos registos lineares, citação esfriada de imagens alheias, recusando o relevo matérico e até da cor. Analisar o objecto artístico na sua especifidade técnica e formal : no qual destacamos a obra "Da série da Câmara de Gelo de 2001" e de Adriana Molder, de grande dimensão em papel esquisso de 300x200 cm, em tinta-da-china, na qual a autora utiliza como suporte com o objectivo de acentuar a sua fragilidade e enrugamento através de grandes aguadas criando personagens de contornos espectrais, como que vindas de um tempo passado ou perdido. Do ponto vista da análise técnica com base na técnica fotográfica não ficamos indiferentes à obra de Jorge Molder, Anatomia e Boxe, 1996/97, em que a sucessão de imagens fotográficas, do próprio autor não podem ou não devem ser classificadas ou apreciadas como um auto-retrato mas antes como uma auto-representação. Reconhecer o objecto artístico como produto e agente do processo histórico -cultural em que se enquadra : A noção de surpreza e de admiração estética marcou a observação dos meus alunos/as perante a obra notável da sempre notável Joana Vasconcelos, com a sua "Noiva de 2001", que utiliza como materiais de composição estética, o aço, inox e tampões, cujo objectivo da referida autor se centra no acto de produzir para provocar, nesta obra destac-se uma quantidade quase infinita de tampões de higiene pessoal feminina no acto de composição de um lustre de cristal palaciano.
Postado por Arlindo Sena

A Mocidade Portuguesa em Elvas documento iconográfico

domingo, fevereiro 15, 2009

Barbacena entre a originalidade e o nefasto séc. XIX

História Local - A história das freguesias do concelho de Elvas passam de certo modo ao lado da História Geral do Concelho de Elvas. Mas não devemos ignorar a História de Barbacena que de nobre vila da Coroa portuguesa, não é hoje mais do que uma aldeia igual a todos as outras do nosso estimado e heróico Alentejo. De facto desde o séc. XIII que a vila elvense se afirmou como uma vila de matriz aristocrática uma vez que desde a sua fundação a nobreza de corte ou os ricos homens são os grandes de Barbacena. Assim na carta de doacção (1251) a Esteve Annes se confere a capacidade de governo próprio e fora do contexto do poder régio. A Carta Foral de 1289 cofirma aquela doação da rica terra de pão, azeite, linho e frutos. Durante as guerras Fernandinas o primeiro incidente entre o poder régio e o poder central, o então senhor de Barbacena toma partido por Castela para onde segue com a sua criadagem, o que determinou a confiscação da terra que volta à Coroa durante duas gerações. Na verdade, uma vez mais os particulares voltam ao governo da vila Barbacena quando em 1575 Martim Castro compra Barbacena por 28.500 cruzados, embora sem direitos de jurisdição e administrativos que todavia conseguiu obter em fim da sua vida terrena em 1612. A partir de então a Vila de Barbacena, passa para o domínio do ramo Furtado de Mendonça que percorre os momentos históricos das gentes destes campos, resistindo com heroísmos aos cercos de 1660, 1708 e 1712. Porém o séc. XIX seria nefasto para a povoação de Barbacena, bombardeada e saqueada em 1801 perante o avanço espanhol que fez do Alto Alentejo uma caminhada sem oposição e em glória que só a paz e a diplomacia portuguesa não evitou a perda de todas as povoações da raia histórica do distrito de Portalegre com excepção de Olivença. A guerra civil na primeira década do Liberalismo afastou definitivamente Barbacena dos corredores reais, o seu apoio a D. Miguel e o saque à documentação do cartório de Barbacena em 1801 foi determinante para a extinção do concelho de Barbacena em 1836 , numa época em que parte da população abandonava a terra dos seus pais e avós. Era o princípio do fim de uma terra com história que o silêncio do século XX abafou ao sabor do trabalho da terra que a partir de então passou a honrar estas gentes com HISTÓRIA. Da época áurea reside hoje o seu Pelourinho quinhentista de três degraus e com uma gramática semelhante ao da Cidade de Elvas. Postado por Arlindo Sena.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

O Darwinismo: O "escândalo " da selecção natural.

História Universal - Efeméride - Biografia :- Quem foi Charles Darwin na passagem do bi centenário do seu nascimento, em Inglaterra em 1809, neto de Erasmus Darwin, um famoso botânico e zoólogo , e filho dum médico rural. Apaixonado pela natureza, desde a infância colecciona insectos, plantas, pedras. Aluno médio, prossegue sem convicção primeiro os estudos de medicina, depois os de teologia. Os anos de formação académica em Cambridge permitem-lhe aperfeiçoar o seus conhecimentos e a relação directa com cientistas nas áreas das ciências naturais como a botânica, zoologia e geologia. As mesmas permitiram a Darwin partir para a América do Sul em 31 de Outubro de 1836. No decurso da mesma viagem que o leva igualmente a terras da Oceânia onde descobriu fósseis animais diferentes dos que então existiam e nota com alguma surpresa que as mesmas espécies evoluíram de formas diferentes, em função do meio em que ocorreu a sua própria evolução e se reprodução durante algumas centenas de milhares de anos. A partir de então questiona a ideia de que as espécies criadas num dado instante jamais se transformaram, durante vinte anos procura solução para as suas questões, cuja resposta surge a partir do conceito da "selecção natural " ou "sobrevivência do mais apto". A sua tese assentava no estabelecimento da ideia de que as espécies animais e vegetais sofrem variações de maneira súbita ou prograssiva. Segundo Darwin a "selecção natural", era ditada pela luta pela existência e tinha como efeito conservar as variações favoráveis e eliminar as prejudiciais. Por consequência, favoreceu os indivíduos ou as espécies capazes de se adptarem às condições e ao meio onde vivem, condenando ao desaparecimento certo os que não conseguem. Por outro lado, Darwin defendia que a origem da vida das espécies na Terra incluindo a do próprio Homem, teriam evoluído e diferenciado segundo o efeito da selecção natural. Uma tal convicção em meados do séc. XIX surgiu como um escândalo nos meios espirituais da cristandade na medida em que a sua teoria era manifestamente contrária ao texto dos Génesis que considerava a criação como um processo criador e sucessivo no o Homem era o fim da perfeição, uma espécie de ser superior. A partir de então o saber bíblico e a teoria do Darwinismo tornaram-se duas correntes paralelas explicativas do processo evolução das espécies com crentes em ambas segundo a verdade bíblica ou a fundamentação científica. Em 24 de Outubro de 1859, a primeira edição "Da origem das espécies por via da selecção natural", chegou ao público esgotando-se de seguida .... Postado por Arlindo Sena

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

A Sé de Elvas - Gótico Final ou Manuelina ?

História Local - Leitura formativa do 10º Ano de escolaridade: - Iniciada a sua construção em 1517 foi aberta ao culto em 1537 quando a jovem cidade de Elvas completava os seus vinte anos. Do traço do arquitecto régio da baluarte de Belém, Francisco de Arruda foi todavia o mestre pedreiro Diogo Mendes que dirigiu as campanhas de obras no referido templo e nomeadamente na composição dos alçados, do espaço, na soluçâo da sua iluminação e nas combinações dos volumes que se inserem no plano das edificações religiosas do gótico final português. Ou seja, a antiga Sé de Elvas cujo estatuto vigorou durante um pouco mais que três séculos (1570-1882) é um espaço estruturalmente do gótico final. Embora com os princípios inovadores do estilo manuelino no âmbito decorativo e estrutural ainda que só a nível da estrutura da sua cobertura. De facto, quando se contempla a fachada principal da antiga igreja de Nossa Senhora da Praça, depois de Nossa Senhora da Assunção e finalmente Sé de Elvas, verifica-se que a sua frontaria de matriz gótica tem apenas uma torre robusta coroada por uma outra, sineira de três olhais e de arco de volta perfeita nas quatro faces de coroamento piramidal. Esta solução construtiva encontra inclusivamente exemplos nos templos românicos como a Igreja de S. Martinho dos Mouros (Lamego) ou a do Priorado do Rosário (Goa) edificada durante o ciclo da expansão. Por outro lado, o portal do gótico final, desenhado por Miguel Arruda em 1550 foi definitivamente subsituído pela solução classizante em 1657 e que persistiu até aos nossos dias ? Então onde persiste o Manuelino na Sé de Elvas, no exterior nas portas lateriais e no interior nas naves onde a gramática decorativa da época da expansão comercial e marítima quinhentista é indiscutível. Também é inquestionável a solução arquitectónica de cariz manuelina, na organização das três naves, cujas abóbadas nervadas e que se projectam a partir das mísulas adjacentes nos dois andares da nave central, coroadas pela Ordem da Cruz de Cristo que guiaram os portugueses sob os ventos que sopravam nas caravelas que percorreram os mares de além mar. Postado por Arlindo Sena.

sábado, fevereiro 07, 2009

Revista Elvas Caia, nº6, Ano 2008

História Local - Publicações:- Apresentada à comunicação social, local e regional e ao público em geral a edição nº6 , da Revista Internacional e Cultura e Ciência, edição da Cãmara Municipal de Elvas e da editora Colibri. Com 267 páginas, três temáticas: História e Património; Literatura e Cultura Ibérica e Ciências Humanas e Exactas. Reune quinze autores, sendo oito Doutores, dois mestres e cinco licenciados. Por temáticas a Elvas Caia apresenta as seguintes publicações: Mafalda Sampaio ( O modelo da cidade islâmica em Portugal: O caso do estudo da cidade de Elvas); Arlindo Sena (O ofício da guerra e o castelo medieval na raia Ibérica); Ana Trigueiro Santos ( A praça militar de Elvas e o seu modelo de fortificação) ; Nuno Grancho ( O livro de Ester e alegoria na sala de sessões dos antigos Paços do Concelho da cidade de Elvas : sugestões de leitura iconográfica). Juan Carrasco Gonzalez ( Onomástica fronteriza : las aldeas de la campiña de Valência de Alcántara) ; Iolanda Ogando ( Quando Portugal é evidente : em redor dos portuguesimos e a didáctica de Português/Le; Carmen Cañete ( O desenvolvimento labírintico nas novelas exemplares) ; Maria Isabel Martínez ( La estirpe literária de Todos los nombres de José Saramago); Maria Conceição Vaz Serra (O romantismo em Portugal : Ideologias e referências. Um percurso sobre a arte de Garrett). Juan de Dios Agudo (El descubrimento de las lenguas: valor orientativo de las lenguas: valor orientativo de los errores); Paula Cristina Grilo ( Evolução do desempenho do docente : o papel da metacognição e da investigação -acção); María José Antona Rodriguez (Tabaquismo en estudiantes de la Universidad de Extremadura); Fernando Miguel das Silva Freitas (A requalificação biofísica de cursos de àgua. Princípios básicos e a aplicação prática ao ribeiro das Quatro àguas); Tiago Lopes Afonso (Rede de Natura 2000 e zonas de protecção especial no concelho de Elvas ) e Luís Zagalo ( Ser ou não ser musical, eis a questão). A revista apresenta uma tiragem de 1.300 exemplares e custa 10 euros, encontra-se à venda nas principais instituições de cultura da Câmara Municipal de Elvas. Postado Arlindo Sena.

Operação Valkira em estreia na Sétima Arte

História na Sétima Arte - Em estreia nas salas de cinema desde sexta-feira destaca-se a chamada "Operação Valkira", cuja tema se centra num atentado falhado ao chanceler alemão Adolfo Hilter que como sabemos perpetuou o regime nazi até à entrada dos russos em Berlim. A temática cinematográfica centra-se numa reflexão sobre os golpistas, no acto de traição à causa regime alemão e nas consequentes reacções dos implicados. De resto, o guião do filme realça a componente dramática e humana nos conjurados de forma interessante até ao momento da acção. É neste contexto, que se deve compreender a obra apresentada por Bryan Singer, que centra todo o desenrolar na acção num momento delicado em que a marcha da guerra e a brutalidade dos seus crimes abalaram um sector de "vanguarda" do exército nazi que considerava a morte do seu chanceler como determinante para o futuro da II Guerra Mundial. De realçar ainda a figura de Tom Cruise no papel de protagonista do coronel Von Stauffengerg. Ficha Técnica: Director - Byran Singer. Guião : - Christopher McQuarrie e Nathan Alexander. Produção : Fox. Ficha artística: Von Stauffenberg (Tom Cruise); Marechal Fromm (Tom Wilkinson) Ludwig Beck (Terence Stamp) General Olbricht (Bill Nighy) e Von Quirnheim (Cristian Berkel). Postado por Arlindo Sena.