Vamos à Escola – Foi mais edição do programa “Memórias de Elvas e outros registos”, produzido na Rádio de Elvas, no qual a nossa convidada foi a Drª Fátima Janarra, vice-presidente da Escola Secundária de Elvas e responsável pelos cursos profissionais. Na sua reflexão referiu que “ Os cursos profissionais incidem sobre o desenvolvimento de competências, visando uma boa inserção no mercado de trabalho. E nessa perspectiva lembrou que a conclusão de um curso profissional confere um diploma. Na continuidade da sua exposição lembrou que “ um curso profissional confere um diploma equivalente ao ensino secundário e um certificado de qualificação profissional de nível III que permite o ingresso nos Cursos de especialização Tecnológica (nível IV) e o acesso ao ensino superior”. Neste âmbito, há que ter em consideração que a Escola Secundária oferece os seguintes Cursos Profissionais Técnico de espaços verdes; Técnico de hotelaria e restauração; Técnico de apoio psicossocial; Técnico de instalações eléctricas e Técnico de energias renovadas. Ainda no âmbito da relação da oferta de cursos disponíveis pela Escola Secundária de Elvas, a nossa entrevista destacou a importância dos Cursos Tecnológicos, que devem ser “observados” numa dupla perspectiva: “ a inserção no mercado de trabalho, privilegiando os sectores carenciada e/ou emergentes e em que existe uma forte utilização das novas tecnologias de informação e o prosseguimento de estudos, com preferência para o ensino politécnico e os cursos pós-secundários de especialização tecnológica”. De realçar que a frequência deste tipo de ensino permite ao aluno a obtenção de competências numa determinada área profissional, adquirindo deste modo, uma qualificação profissional de nível III. Para saber mais esanchoii@mail.telepac.pt. Postado por Arlindo Sena
sexta-feira, maio 29, 2009
O ensino profissional em Elvas uma opção com futuro.
quinta-feira, maio 28, 2009
O Fado em Portugal
Actividade Formativa -: Fado, Da raiz latina Fatum, que significa destino, sina ... O Fado derivou de uma dança brasileira, o "Lundum", que foi Introduzida no Brasil pelos escravos trazidos de Angola e Guiné antes do séc. XVIII.
Em espaçoso terreiro
Gentes vi bailar mui bem
Mimoso E também Fado
Engraçado Tacora
Nas belas noites de Luas
Quando é lindo o Paquetá
(Poesias de Um Lisbonense, 1827)
Chegou a Lisboa nas gargantas de Marinheiros o que cantavam na proa dos barcos. Misturou-se com a voz do povo, nas ruas da cidade, como forma de expressar sentimentos ... Os primeiros registos do Fado como canção ou dança aparecem em meados do séc. XIX (por volta de 1842).
O Fado nasceu um dia
Em que o vento mal bulia
E o céu o mar prolongava
Na amurada de um veleiro
No peito de um marinheiro
Que estando triste cantava
(José Régio)
Sempre esteve associado às classes mais baixas da sociedade, nas tabernas era cantado, bordéis e ruelas de Lisboa, pelos bêbados, RUFIAS e desgraçados, Reflectindo o estado de espírito e Preocupações Desalento destas gentes, tristeza, ciúme e medo. Diz-se que uma Mãe do fado foi Maria Severa, prostituta e Cantadeira, filha de um cigano e de uma prostituta. Ficou imortalizada pelos seus casos amorosos e referenciada como dos primeiros nomes que cantaram o fado.
Chorai, Chorai fadistas
Que a Severa se finou
O gosto que o fado tinha
Tudo acabou com ela
(Alberto Pimentel)
Como eram poucos os espaços de divertimento da noite Lisboeta, atraídos pelo mistério e pelo pecado que uma Severa implantara, os membros da alta sociedade começam uma frequentar os bairros pobres, como Alfama, Mouraria, Bairro Alto ... (ONDE AINDA HOJE SE CANTA) e é dessa forma que o Fado de espalha por todas as classes, passando a ser apreciado. Chega até Coimbra, aos teatros e aos poetas, dando-se assim uma maior notoriedade um género musical este. Em meados do séc. XX, muitos amantes do Fados passam a fazer deste a sua profissão tornado-o autónomo, saindo da cidade onde nasceu e mais tarde do país, internacionalizando-se.Com o cinema, rádio, uma gravação em disco e mais tarde a televisão, O Fado chega a novos públicos sendo totalmente assimilado pelo Povo e na década de 50 surge aquela que ficaria para a História como a maior fadista de todos os tempos, Amália Rodrigues.
Vivia-se na ditadura, aos fadistas e instrumentistas era Exigida uma licença par tocar e cantar Fado e os poemas eram uma Sujeitos uma censura apertada. O Fado foi instrumento de divulgação de temas de raiz popular do universo da cidade de Lisboa, e de difusão da cultura portuguesa.
Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na Mouraria
RUFIAS Cantam
Choram guitarras
Amor ciume,
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado
(Aníbal Nazaré)
Actualmente são muitos os novos nomes do Fado. Nos últimos dez anos o fado tem-se renovado. Não só se introduziram novos instrumentos como se inovou na forma de compor, Evoluiu e novamente tornou-se famoso em Portugal e no estrangeiro. Efectivamente, reconhecemo-nos no Fado. Evocamo-lo Imediatamente para identificar uma representação emblemática da nossa cultura. Herdeiro desta dimensão temporal, o Fado continua um construir-se no início do séc. XXI, é inegável que ao longo dos últimos anos Cinquenta o fado Crescente adquiriu uma visibilidade e uma presença marcante Portuguesa no conjunto da vida cultural. Tem vindo a romper Progressivamente todas as barreiras sócio-culturais a que estava sujeito Tradicionalmente, conquistou de uma vez por todas o Território da poesia erudita, é uma presença frequente na programação nas salas de espectáculos mais prestigiadas, dentro e fora do País, está em Pé de Igualdade com outros géneros poético-musicais, é hoje uma das correntes em maior afirmação No âmbito da chamada "World Music" internacional.
Tem Sido Levado bem longe até, pelas grandes salas de espectáculo, conquistando adeptos por todo o Mundo, esta música que melhor simboliza a alma do nosso país.
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu fado
O meu fado
O meu fado
O meu fado
O meu fado
Perante A importância e sucesso do Fado não podemos deixar de ficar SURPREENDIDOS COM O pouco que se sabe acerca da sua origem, estando esta ainda a ser investigada. Uma resposta fácil que talvez será, Devido ao facto de estar ligado uma mitos fundadores, fantasias mais ou menos poéticas e à má vida, e poucos se interessam em saber a sua verdadeira história. Para saber mais consultar uma bibliografia seguinte: O Fado do Público-100 Anos do Fado; Comunicação Social SA; Lisboa, Portugal; 2004 NERY, RV; Para uma História do Fado; Público, Comunicação Social, SA; Lisboa, Portugal; 2004 Nova Enciclopédia Portuguesa-vol 10; Ediclube Coleccionáveis, Amadora, Portugal; 1996.GUINOT, M. et al; Um Século de Fado-Histórias do Fado; Ediclube Coleccionáveis, Amadora, Portugal, 1999. Postado por Soraya Branco, aluna da Escola Secundária D. Sancho II, Elvas, do 11 º ano de escolaridade 11 º F.