domingo, janeiro 30, 2011

Os números mágicos da Giaconda....???

   A Giaconda de Leonardo da Vinci, 1503-1505.Óleo  sobre madeira, 0.77x0.53cm. Museu do Louvre (Paris) -Nesta obra destaca-se o enigmático e o fresco sorriso de Mona Lisa sendo este sinal  físico uma primeira incorporação do Renascimento, face aos rostos a regidez e seriedade  das figuras do Quatroccento Italiano.

Desde a publicação da obra  “O Código da Vinci “ a Giacona de Leonardo Da Vinci (1452-1519), tem sido motivo de alguma atenção e debate.  E novos estudos, tem apaixonados curiosos e historiadores,  entre os mesmos destaca-se a  do historiador Silvano Vincenti (del Comitado Naziomali per Valorizazione dei Beni Stori) que recolheu novas informações da polémica obra de um dos maiores vultos do Renascimento Italiano. Silvano Viscenti deu a conhecer à comunidade científica que a Giaconda guarda nos seus olhos um segredo. Para tal, o historiador italiano baseou-se numa das obras expostas no Museu do Louvre, utilizando um scanner, observou que no olho direito se encontra registado as letras “LV”, que questiona se será uma indicação de autoria (Leonardo Da Vinci). Mas, comprovou também no seu estudo, que na pupila esquerda aparecem outras letras cuja ausência de claridade, apresenta problemas de identificação. Todavia, Silvano Viscenti, propõe que a sua leitura seja de um CE ou de um B e sem propor uma identificação clara relativamente ao seu significado, admite que tais iniciais possam eventualmente pertencer ao modelo que foi objecto de representação. E neste contexto, o historiador italiano, opina que essa modelo seria provavelmente uma milanesa da Corte de Ludovico Sforza onde o artista desenvolveu a maior parte da sua obra, rejeitando liminarmente a proposta que tal figura fosse a florentina Lisa Gherardini, como aponta a tradição. Na continuidade da sua análise, Silvano Vis
centi encontrou na representação de Giaconda outras referências sem justificação, como por exemplo um pequeno ponto situado na parte direita do rosto que poderá ser um número  72 ou uma letra L. Igualmente  sem justificação e no reverso do quadro se encontra a inscrição “149” que será provavelmente o ano do inicio ou conclusão da sua obra que neste caso não seria 149 mas 1490. Independentemente da significação dos diversos números um dos aspectos indiscutíveis para a comunidade científica é de que a “Giaconda”, guarda alguns códigos que poderão ser misteriosos a menos que a documentação prove o contrário….???                

domingo, janeiro 23, 2011

6.2.3 - Elvas Portuguesa: A prevenção a caminho da Paz


A paz e a guerra, foram sem dúvida uma realidade quotidiana para as populações raianas ao longo da raia nacional e essa realidade acompanhou as populações locais até ao primeiro quartel do século XVIII. Na raia de Elvas os tempos do pós Linhas de Elvas continuaram marcadas pela necessidade de prevenção. As cartas régias, dirigidas à Câmara de Elvas e aos Governadores militares da cidade evidenciavam a necessidade de preparação para uma conjuntura de guerra e nesse contexto o conteúdo legislativo indirectamente convocava os efectivos populacionais e militarizados (milicianos), para a prevenção e o esforço de guerra que a conjuntura militar iria determinar até à assinatura da Paz com a Espanha. No total de noventa cartas enviadas pelo monarca D. Afonso VI apenas cerca de 25% tinham como finalidade doações de património ou relativas há organização urbana, mas entre as doações numa análise cuidada e orientada se observa, que algumas delas beneficiaram algumas figuras que foram protagonistas na Batalha das Linhas de Elvas. Era o caso por exemplo de Afonso Fortunato de Mendonça que entre outros receberam doações fundiárias da Coroa, do qual o seu filho, João Fortunato de Mendonça seria o seu herdeiro e a sua ligação a solo elvense tornou-o Governador Militar da Praça com seis mandatos (1671, 1678,1682, 1688, 1702 e 1715. As primeiras decisões da Coroa, postas em prática pelo Governador, o Conde D. Jerónimo de Ataíde, denunciam desde logo que a paz estava muito longe de ser um dado adquirido, a nomeação de Manuel Gomes Lima para cumprir serviço militar na Praça de Elvas, denunciava que a prevenção face à guerra não se limitava a forças milicianas uma vez que o referido militar tinha como objectivo organizar o alojamento para um o estacionamento das tropas de socorro da Extremadura em caso de necessidade. Mas, a continuidade de cartas régias com finalidade preventiva acompanha os primeiros anos de regência do novo rei de Portugal, D.Afonso VI, que foi interpelado pela Câmara de Elvas três meses após a subida ao trono, uma vez que a população queixava-se da pressão fiscal. A resposta régia só seria dada dois anos depois por carta de 16 de Março de 1664, dispensando o pagamento dos contribuites elvenses da sisa no valor global de 880.000 rs., mas a política de assegurar a defesa da soberania da raia portuguesa era evidente em função de uma série de medidas que então foram tomadas entre elas podemos sintetizar e enunciar: - a fixação de residência permanente do Governador militar na praça; - a guarnição de armas para defesa da fortaleza elvense; - a nomeação de um almoxarife de armas e munições; - a nomeação de um pagador do exército que evidencia a presença de forças militarizadas com função militar independentemente do tipo mobilização militar (aliás esta era uma preocupação permanente que se observa ao longo da década de 1660 de tal forma que a Coroa aconselhou o governador, o Conde Sabugal, D. João Mascarenhas a aplicar o fundo das fortificações no aluguer das casas da Ordem de Sâo Paulo devido à falta de quartéis e várias resoluções para a deposição de trigo para o abastecimento de prevenção a eventuais cercos (no qual destacamos duas medidas, a de D. Afonso V que em 1660 mandou parar as obras de edificação dos quartéis para a compra de cereais e a de  1670, em que o infante regente D. Pedro por carte régia de 3 de Fevereiro mandou construir um amplo celeiro público com vista à auto-suficiência da cidade). Outra medida de carácter militar, táctica e como forma de impedir cercos de longa duração como tinha ocorrido entre Outubro e Janeiro de 1659,  consistiu na destruição dos rossios cuja produção agrícola podia ser eventualmente aproveitada pelas forças aventuras.   Na prática as preocupações régias e da superintendência do governo da Praça Militar tinham fundamento, já que a cidade de Elvas voltou a ser cercada sem êxito, em vários momentos, após a Batalha do Ameixal ( 8 Junho de 1663)  o exército de D. João de Áustria, irrompeu sobre Elvas após a destruição do Castelo de Arronches, mais tarde vários reconhecimentos foram feitos pelos castelhanos ocorreram na fronteira portuguesa no Verão de 1667 esperava-se um novo cerco mas o exército castelhano marcharia para Vila Viçosa. A paz era assinada em 1º de Fevereiro de 1668, mas a Praça Militar não desarmou como sentinela de fronteira e resistiria ao cerco posto pelo Marquês de Bay em 14 de Abril de 1706 que ao fim de 48 horas, retirou para Badajoz mas a defesa da cidade tornou-se uma prioridade da Coroa até a Época Contemporânea.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

6.2.3. Elvas Portuguesa - A defesa da soberania nacional nas Linhas de Elvas


Representação cartográfica e pictórica, da Batalha de Linhas de Elvas, de Saint -Colombe, datada de 1661

  
No Outono de 1658, a Praça Militar de Elvas era de novo cercada por o segundo maior exército que em termos de efectivos e logísticos, avançara sobre as terras da raia e que entretanto estacionara numa serie de pontos estratégicos nos arredores de Elvas com vista ao domínio da praça e ao corte do socorro a Elvas. Entretanto no interior da Praça a resistência era testada, o sacrifício da população era uma exigência para evitar a sua rendição, a morte espreitava uma população esfomeada e sujeita a uma economia de guerra, caracterizada pela especulação dos preços, de facto os produtos alimentares atingiam preços exorbitantes, na maioria atingiam quase o dobro do seu valor, por exemplo a galinha que valia 400 réis passava para 700 réis. Ao mesmo tempo que a fome proliferava a peste agravava-se os índices de mortalidade chegaram a atingir uma média de 300 efectivos por dia em pleno Inverno de 1658. Aliás foi neste contexto de sofrimento e de depressão económica, que se podem entender as medidas tomadas pelo Governador da Praça D. Sancho Manuel, como o tabelamento do pão e dos preços ou acções emergentes e de risco, como a introdução clandestina de carregamentos  cevada e trigo, em pleno cerco. Entretanto nas cercanias, os castelhanos consolidavam o cerco a partir de um traçado de linhas perfeitamente articuladas com os chamados quartéis que na verdade eram pequenas construções abaluartadas de emergências (fortins) que coroavam as linhas de circunvalação organizadas em duas camadas de terra, preparadas por duas linhas de fossos protegidas por estacas e rematadas em alguns pontos da circunvalação com bocas-de-fogo, como era o caso do monte da Graça, base da artilharia pesada do Conde de S.German. Do ponto vista, defensivo as hostes nacionais prepararam a defesa de forma particular, na parte mais sensível da praça, a frente sul, entre o Forte de Santa Luzia e a  futura Baluarte do Casarão. As posições fortificadas das hostes castelhanas, situadas no Quartel General ou da Corte, a sudoeste da Praça no antigo caminho para Vila Viçosa e o Quartel de Vale de Marmelos, pareciam anunciar que o avanço ocorreria a sul. Porém tal não ocorreu durante a Batalha das Linhas de Elvas, mas durante o acontecimento bélico de 14 de Janeiro de 1659, esses espaços de concentração de efectivos militares acabaram por funcionar como reforço ao exército castelhano que acabaria por evoluir em torno do espaço situado entre a Baluarte do Príncipe e os arredores do sopé do Monte da Graça. Onde a cavalaria castelhana de reforço estacionada no Quartel da Vergada procurou obstaculizar sem êxito o avanço da cavalaria que rompeu a linha de circunvalação junto ao planalto dos Murtais com o apoio da artilharia de socorro que se concentrava na retaguarda na Serra da Malafeta. Aliás, a inoperacionalidade da cavalaria castelhana, incapaz de fechar a referida, linha de circunvalação foi determinante para a derrota do exército castelhano que durante três meses ocupou os campos de Elvas numa extensão de 15/18Km. A história da Batalha  segundo as fontes documentais, iniciou-se na madrugada de 14 de Janeiro de 1659, quando aproveitando a neblina matinal, as hostes nacionais sob comando do Conde de Catanhede surpreende a defesa castelhana estacionada nos quartéis do Cocena e de São Francisco, pressionando-a durante toda a manhã até quebrar a sua resistências às 15h00 da tarde. A partir de então e com a derrota da cavalaria castelhana, abriram-se várias brechas ao longo da linha de circunvalação determinando a queda dos vários fortins, a morte e a fuga dos invasores para Badajoz que se inicia com o abandono de D.Luis Haro do campo de batalha. A resistência castelhana ao fim da tarde limitava-se ao Monte da Graça, onde o comando militar de maior notoriedade do exército castelhano, o Duque San German  se manteve no seu posto até à manhã do dia 15 quando as forças ocupantes abandonaram definitivamente o campo de batalha com o abandono do Quartel General ou da Corte. A importância do significado do Cerco e Batalha das Linhas de Elvas: -“ Deve ser vista em várias perspectivas e sempre no contexto da conjuntura, nacional e regional, neste âmbito devemos salientar: - A importância estratégica da Praça Militar de Elvas que condicionou todo e qualquer avanço das tropas castelhanas em território português a partir da raia, anulando dessa forma uma base de apoio militar, ao deslocamento tão desejado em direcção à capital do Reino. – A valentia da população civil da cidade de Elvas, que injustamente é ignorada pela história tradicional, considerando a sua resistência perante a fome, a peste e os bombardeamentos a que foi sujeita. – A estratégia dos líderes das hostes nacionais que tornaram possível o êxito em 14 de Janeiro de 1658 e testada durante o Cerco das Linhas de Elvas, uma vez que antes da chegada do Conde de Catanhede já as hostes portuguesas induziam em erro os castelhanos fazendo sair do Castelo de Elvas, pequenos grupos de cavaleiros que logo voltavam à base, em nítido desafio, quando o mesmo se verificasse seria um desaire para os interesses portugueses. Por outro lado e apesar dos exageros de tradição, a documentação parece-nos indicar que o avanço português, surpreendeu não tanto D.Luís Haro, mas a sua disposição táctica de guerra. -  O potencial bélico, superior do lado castelhano, mais significativo neste plano do que em homens, como muitas vezes salienta a história tradicional, quando o que de facto prevalece é o poder militar de Espanha e não o número de efectivos de guerra, porque esta, não é uma guerra medieval, logo é o fogo que determina a vantagem e a derrota militar incontestável quando se analisa o documento “Relaçam do Sucesso de Armas na rota do cerco que o Castelhano tinha posto à praça em vez de Janeiro de 1659:" - que refere um número de 5000 prisioneiros, a rendição das forças castelhanas no Monte da Graça, a fuga nocturna dos sobreviventes para Badajoz e o afogamento de alguns nos rios Caia e Guadiana, as numerosas perdas e abandonos de peças de artilharia, tendas e até a correspondência entre Filipe IV e D. Luís Haro.                

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Os dias da História - 10 de Janeiro, entrava em vigor o Tratado de Versalhes em 1920


A 20 de Janeiro de 1920 entrava em vigor o Tratado de Versalhes cujas cláusulas, considerava a Alemanha como a perdedora da Grande Guerra de 1914-1918,  uma vez que o nação germânica perdia 1/7 do seu território, 1/10 da sua população e era cortada em duas partes, já que o “corredor de Dantzig (Polónia)” separou a Prússia Oriental do restante território alemão. Perdeu todas as suas colónias, a frota de guerra, parte da frota mercante, as minas de carvão do Sarre (para a França durante quinze anos) e foi obrigada a reparar financeiramente os prejuízos causados pela guerra. Mas a essência do Tratado era sem dúvida a Paz Mundial e as cláusulas relativas ao desarmamento germânico eram evidentes: Art.160.- O exército alemão não deverá compreender mais que sete divisões de infantaria e três divisões de cavalaria. […]  At.181.- São igualmente proibidos o fabrico e a  importação pela Alemanha de carros blindado, tanques e outros engenhos militares (…). Todavia o orgulho da grande nação germânica ferido de morte renasceria da pior maneira com a nova acção imperialista que lançaria de novo o mundo para a Guerra no final da década seguinte.

domingo, janeiro 09, 2011

Os dias da História - Simone de Beauvoir apresenta a 9 de Janeiro a Obra clássica; - "O segundo Sexo"


Simone de Beauvoir, escritora, filósofa e feminista apresentou ao público a 9 de Janeiro de 1949, a obra o “O Segundo Sexo”, um clássico da literatura feminista, estava organizado em três partes: destino, história e mitos. Na primeira parte da obra, a autora fazia uma reflexão sobre a posição da mulher no mundo, do ponto vista biológico, psicanalítico e material. A segunda parte da obra, analisa a condição feminina nas esferas sexual, psicológica, social e política. A sua formação académica, centrou-se nas ciências e nas letras, tendo obtido o bacharelato em Matemática e em filosofia na consagrada Universidade de Sarbonne onde veio a conhecer o seu companheiro Jean Paul Sartre. Na sua vasta obra destacam-se:”A convidada , (1943)” que se centrou em questões como a liberdade e a responsabilidade individual, “O Sangue dos Outros (1944), Os mandarins (1954), distinguido pelo Prémio Goncourt e que é considerada a obra prima pelos seus biógrafos. As teses existencialistas acompanham a sua carreira como pensadora destacando-se três obras:”Memórias de uma moça bem comportada (1958), A Força das coisas (1963) e Tudo dito e feito (1972). A sua última obra de referência seria “A cerimónia do Adeus”, 1981, que evocava o seu companheiro desde os tempos da Sarbonne, um dos filósofos de referência do século XX, Jean Paul Sartre.

sábado, janeiro 08, 2011

6.2.3. Elvas Portuguesa: - A conjuntura de Guerra na época da Restauração eixo Elvas-Badajoz

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O espaço regional por excelência das guerras da raia - Alentejo/Extremadura na Época da Restauração 

O cerco e a Batalha das Linhas de Elvas, durante algumas décadas tem sido reflectido e interpretado como um acontecimento político-militar de surpresa que ocorreu em redor da Praça Militar da cidade. Nada mais errado e sem discussão, quando se analisa toda a documentação seiscentista, mas sem qualquer análise, o facto de a batalha ter sido uma consequência do cerco que pressionou a população de Elvas desde o início do Outono 1658, nega por si só qualquer ofensiva inesperada. Todavia, a guerra na planície foi uma constante desde o Cerco de Évora em 1644, onde os efectivos militares nacionais rondaram, as 17.000 almas mais 5.000 dos efectivos que evoluíram no teatro de guerra das Linhas de Elvas. Mas esse cenário em torno do eixo Badajoz-Elvas e Olivença, inicia-se na defesa de Olivença sob comando de Francisco Mello no Verão de 1641, num ano em que as populações fronteiriças na linha e proximidades do Caia, sofrem os primeiros embates como espaço territorial do Estado Nacional a poucos meses restaurado. A chamada guerra guerreada sucedia-se em ambas direcções, tratava-se de destruir ou queimar os recursos das populações a meio caminho das grandes praças das duas regiões, Alentejo e Extremadura: Elvas e Badajoz. Nos primeiros dias de Agosto, os portugueses incendiaram a vila de Herrera e a resposta castelhana ocorreu com a destruição das aldeias de Pitaranha (entretanto desaparecida) e de Galegos. No final do Agosto, o Conde Monte Rey faz o primeiro cerco à cidade de Elvas sem consequências apesar de um combate junto da atalaia da Terrinha que determinou o recuo das forças castelhanas, todavia nestas campanhas, interessa referir que não se tratavam de exércitos formais ou convencionais, mas sobretudo de hostes milicianas e de cariz quase senhorial. Em 1642, no final do Inverno nas proximidades da Praça, assistia-se a uma tentativa de ocupação da colina de Santa Luzia, num momento em que o futuro Forte estava ainda em construção, sob comando de D. João Garay  sem consequências e com os efectivos em campanha a recuar para Badajoz, mas já pressionados pelas hostes militares sitiadas em Elvas que no mês de Maio, iniciam um saque  a terras da Extremadura.  Alconchel e Cheles são simplesmente queimadas enquanto que Figuera de Vargas foi totalmente saqueada. Em 1643, no fim do Verão, as ofensivas à Extremadura, passam para o Comando do Governador da Praça Militar de Badajoz, Joanne Vasconcellos, que arrasa por completo Telena e na tentativa de pôr cerco a Praça Militar de Badajoz é obrigado a bater em retirada após o combate  à entrada da ponte de Badajoz. Mas no início de Setembro de 1644, Joanne Mendes Vasconcellos, caminha em direcção a Badajoz com um numeroso exército fazendo o reconhecimento de Badajoz, sem a cercar e sem conflito directo, mas uma vez mais os portugueses saquearam algumas populações extremenhas, Alconchel, Figuera de Vargas, Assumar e Villanueva de Fresno. A resposta castelhana ocorre em plena Primavera, saqueando Santo Aleixo e São Vicente. A defesa de Ouguela e Campo Maior é uma prioridade nacional face às incursões do Marquez Terracusa. O ano seguinte é de paz relativa, o Conde Castelo Melhor marchou em direcção de Badajoz uma vez sem mais sem resultados práticos e os castelhanos saquearam os arredores de Elvas na chamada Campanha dos Olivais. Em meados do século as escaramuças sucedem-se com o saque a vila Boim em 1651 e a época dos combates de exércitos medianos ocorrem com mais frequência com a chegada de André Albuquerque  ao serviço da Praça Militar de Elvas, a cronologia refere  na Extremadura o de Alcornal (1652), Talavedra (1655), Lobón (1656), Badajoz (1657) assalto a Badajoz e tomada do Forte de São Cristovão (1658)  e no Alentejo, Alandroal (1652), Campo Maior (1656), reconhecimento de Campo Maior (1656). Ou seja, o Cerco e Batalha das Linhas de Elvas foi o coroar lógico de uma conj-untura de guerra regional onde a ocupação do território foi sem dúvida o objectivo dos vários tipos de guerra de saque, guerreada e de cerco. E que continuaria após a mais importante batalha que ocorreu em solo transfronteiriço na época Moderna.