domingo, fevereiro 26, 2012

Linha de conteúdos:



Tópicos dos conteúdos de avaliação: (10º F e G)



A forma de organização da rede escolar uniformizada no Império Romana.

. Seguiu uma educação o mais completa possível em termos físicos e intelectuais tal como na Grécia
. Aos 7 anos os jovens iniciavam os seus estudos junto das escolas públicas situadas nos pórticos do Fórum e desenvolviam a sua actividade sob orientação de três mestres:

. O literator, que ensinava a ler, escrever e contar. E eram frequentadas por todas as crianças da cidade – que  correspondia ao ensino primário.

-Nesta fase a escola era exigente utilizando castigos violentos as crianças que não cumpriam. De resto às crianças e os jovens, ensinavam a respeitar os mais velhos, venerar os deuses e a orgulharem-se de Roma e Império.

. O grammaticus – que aprofundava o estudo da língua, da literatura e da histórias pátrias,  bem como a do cálculo e da geometria. As suas aulas eram praticamente frequentadas pelos rapazes e eram poucas as raparidas que chegavam a este nível – que correspondia ao ensino secundário.

. O rethor – que completava a formação intelectual, centrado na retórica e oratória – que corresponde ao ensino superior – permitia-lhes singrar na vida pública no âmbito da função pública e da vida política. Nas cidades gregas e helenísticas onde ensinavam os grandes mestres da matemática e filosofia.    

A rede escolar era fundamental para assegurar a unificação cultural do Império e o Estado determinava que:

. As autoridades municipais deviam assegurar a criação de escolas e os seus custos.
Proteger e conceder privilégios aos professores em termos fiscais
Custeou a actividade de alguns gramáticos e retóricos, a fim de tornar o ensino gratuito.


A importância da poesia no contexto da literatura romana

. Sob o mecenato  de Augusto no século I , Roma tornou-se num centro cultura.
. A literatura atinge o apogeu com os seguintes poetas.
- A Eneida, de Virgílio - é um canto às origens de Roma e uma glorificação dos deuses greco-romanos que permitiram a felicidade do governo de Roma.
- Horácio - poeta lírico, foi talvez aquele que mais se empenhou na defesa do regime imperial, as suas Odes estão cheias de alusões ao imperador que livra Roma de discórdias e calamidades.
- Ovídio – não se assume defensor do regime, canta o amor galante, nada de acordo com a moralização do imperador que o manda para o exílio no Mar Negro.   

O valor da historiografia no Império Romano

. Quer a literatura, quer a História, está representada sobretudo por Políbio, Tácito e Tito Lívio, justificavam e glorificavam o Império. Na historiografia romana, enquanto Virgílio exaltava o poderio romano justificando-o pela sua origem divina, o historiador Tito Lívio demonstrou uma preocupação com o rigor metodológico:

. Tito Lívio, viveu na República e no início do Império, descreveu a História Romana em 142 livros, os acontecimentos que, das origens ao ano 9 aC. marcaram o caminho da cidade ao Império. Viveu alguns acontecimentos que relatou. A sua obra é animada de um patriotismo ardente e de um profundo sentimento. 

. Políbio, de origem grega, escreveu em 40 livros, escreveu as conquistas romanas nos séculos III a II aC., a organização política de Roma, do seu exército e uma série de documentos históricos entre eles o primeiro tratado entre romanos e cartagineses.

. Tácito, que viveu entre 55 dC. e 120 dC., escreve sobre os reinados dos Imperadores desde Augusto a Domiciano, no âmbito dos costumes, vida luxuosa na corte, o poder dos homens de negócio e a vida dos soldados e dos humildes 

   
- Função da historiografia – glorificação do império e legitimação das suas conquistas.

- As principais características da tipologia do retrato na época Romana:

. o retrato, ligado ao culto dos mortos e à tradição de modelar as esfinges dos defuntos (carácter realista).
. Com a República e através das conquistas vão difundir o retrato do período clássico e helenístico, nomeadamente na representação do retrato e não na representação formal do nu clássico. 


-Evolução do retrato:

. Na tradição etrusca as primeiras representações eram mascaras de cera de culto aos antepassadas
passando a representações em mármore em que o homenageado surge representado com os bustos dos antepassados (retrato do patrício romano 

. O retrato -   que traduzia as características fisionómicas ( de olhos, sobrancelhas), boca, cabelo e a barba) e as marcas do tempo e do sofrimento humano.  (ex. Sila (chefe militar) e Adriano (filosofo).. A estátua – retrato – realizada com fins públicos, como a estátua de Augusto , em que o imperador é nitidamente representado segundo a influência da escultura grega. O corpo de herói, mas seguindo as proporções e posições, determinadas por Policleto. Representa o Chefe e simultaneamente o Deus.

. A estátua equestre em que o imperador é representado a cavalo  

- A função e as formas de representação do relevo romano:

. Fins ornamentais, comemorativos e narrativos ou histórico.
.O relevo ocupava :- estelas funerárias, túmulos, altares ( p.78 –doc.6), arcos triunfais ou colunas.

 Vários exemplos:

.Aras Pacis – altar ricamente decorado para celebrar a paz. Destaca-se dois tipos de painéis os que apresentam elementos gregos, marcados pelo gosto pela idealização, proporção e  perfeição, de temática vegetalista; e os painéis de matriz romana, sentido descritivo onde se verifica a idealização dos diferentes elementos da família real.   

.Arcos de Triunfo  - Exemplo de relevo comemorativo que consagra as vitórias dos imperador romanos 

.Colunas – Relevo domina a arquitectura visto que esta, como forma de coluna é o suporte daquele 

.Sarcófagos – Inicialmente caracterizado por um medalhão que representava o retrato de um defundo, mais tarde estão associados temas mitológicos e episódios à vida do morto. 



A organização arquitectónica dos espaços religiosos na época Imperial.

Fórum Romano:

. Centro administrativo e religioso
. Influência grega.
. Limitada por muralhas
. Conjunto monumental que integrava: arcos triunfais, templos, basílicas, palácios e estatuária variada.

Modelo urbano da cidade romana

. Limitada por muralhas e definida em duas grandes vias o cardo e documano 
. Aquedutos – desenvolvem-se com a função de levar água às cidades e termas – organiza-se em andares e definidos por arco redondo

. Basílicas – com abóbadas de aresta e semí-cúpulas nas absides laterais
- função: tribunais, cúrias, mercados, palácios imperiais e bolsa de mercadores
. Termas – mais que simples balneários  eram lugares de encontro e convívio social.  
. Anfiteatros – construções em forma elítica ou circular

. Teatros – semelhantes aos anfiteatros na forma e decoração – podiam ser espaços abertos ou fechados.


As condições políticas que determinaram a progressiva extensão da cidadania:

. A unidade do império, não só dependia da administração ou culto imperial, da força das legiões mas também do estatuto das pessoas nas suas relações com o Estado Romano. 

Direito de contrair património, direito de proceder a atos jurídicos, direito de possuir terras, direito de votar  e de ser eleito para as magistraturas
Deveres de servir no exército e o pagamento de determinados impostos ao Estado.

. O conceito de cidadania na monarquia (séc. VIII- Vac) era uma condição exclusiva dos homens livres e dos patrícios. Os plebeus apesar de livres não tinham esse estatuto.

. Na república (509aC.-27aC) – Esta desigualdade de direitos gerou entre patrícios e plebeus vários conflitos, porém a Lei ds Doze Tábuas , permitiu aos plebeus a concessão de direitos políticos.
. Todavia foi a expansão militar que favoreceu essa pretensões igualitárias face à necessidade de domino romano e como tal os plebeus adquiriam determinados direitos políticos e sociais

. Nos finais da república era um direito exclusivo dos romanos.(III aC)
. Nos I e II aC., era atribuído a estrangeiros que por actos bravuras ou serviço prestados ao serviço do Império

. Séc.I aC – Extensão de direito de cidadania a toda a Itália.  (49aC.)
. 212 dc. , o Édito de Caracala permitiu  alargamento a todos os homens livres, que não sendo romanos vivessem no Império favorecendo a integração da  províncias conquistada no Império.

Os principais factores de coesão do Império romano foram a vida urbana, o culto do imperador, o direito romano e o acesso à cidadania.


-Promoveram a vida urbana como centro de poder local e a difusão da sua cultura (federação de cidades com autonomia própria).
-Divinizaram a figura do imperador e com ela, a autoridade do estado.(adorado em todo império/garante da paz e prosperidade dos povos).
- Organizaram um conjunto de leis notáveis pelo seu rigor e amplitude (fomentando a justiça e a equidade, regulador da paz e ordem imperiais).

-Estenderam progressivamente a condição superior da cidadania aos povos dominados ( permitindo os mesmos direitos e a mesma dignidade dos seus conquistadores/deixavam de sentir-se súbitos. 


.O culto do imperador associado à figura a cultura da deusa Roma constitui um factor de unidade.  

. O processo de sistematização e codificação do direito romano: a Lei era outro factor de ordenação e da unidade de imperial.
 . Inicialmente era o costume a fonte de Direito Civil.  (Codificado na Lei das Doze Tábua-Código VaC).
 . Mais tarde, este corpo legislativo, que era a do Direito Público e Privado foi alterado. 
 . Por acção da actividade jurídica e dos magistrados, criaram uma grande quantidade de regulamentos, uma espécie de grande código civil.( os pretores aplicavam o direito através dos éditos, outros resultavam do Senado e outros do Imperador (decretos imperiais) – jurisconsultos – emitir pareceres, colaboradores dos pretores e aplicavam o direito.
. No final do séc. II, o discurso imperial torna-se força de lei, não era necessário a fiscalização da lei.
. A dinastia dos Severos contribuíram para a codificação das leis através das constituições imperiais. 
. É uma sistematização e codificação de certas práticas em certos momentos das instituições romanas.
. Adaptando-se às sucessivas realidades económicas, política e sociais até ao séc. V      
.Destacando-se o código de Justiniano que ordenou a reunião de 10 séculos de leis escritas

. O direito Romano, era o garante da ordem e justiça em todo o império um dos maiores legados à civilização ocidental.


o processo de consagração do poder imperial com a sua divinização. 

. A paz e a ordem fundamental para a divinização de Octávio (27 aC –título de Augusto =Júpiter).
. Na tradição romana era reconhecida natureza divina aos homens que realizavam grandes feitos.(inclusivé generais)
. Este organizou, moderou (virtudes imperiais) e também aceitou o seu  culto nas províncias, em Roma o seu génio (Vitória Augusta,Paz Augusta, Justiça Augusta e a Liberdade Augusta)
. Assistiu-se à construção de templos e altares no âmbito do culto imperial tanto nas províncias como em Roma.
. Após a sua morte 14 dc atribui-lhe o título divino (que rejeitara em vida).

. Culto imperial foi associada à deusa Roma, representação da cidade e do povo( força superior predestinada para dominar o mundo) . O culto de Roma e ao imperador normalmente associado foi importante para a unidade política. (garante da paz e prosperidade)



A consagração do poder imperial com a unidade do império romano.

A institucionalização da ordem imperial iniciada no ano 27 aC. por Octávio constitui um processo lento através do qual se observa a progressiva centralização do poder nas mãos de um chefe que o exerce de um modo pessoal.

. 40 - 38 aC., o Senado confiou a Octávio o império proconsular, em todo o território romano ou seja o título de imperador.
31 a ., Octávio conseguiu fazer-se eleger tribuno cônsul e princeps senatus, por esse título detinha a supremacia sobre o poder legislativo e a função de fazer cumprir as leis.
. A construção de um Estado forte e unificado, centralizando numa única pessoa todos os poderes, ocorreu em 27 aC. com a instituição do Estado Imperial, na pessoa de Octávio com o título de Augusto,  (Um título reservado aos deuses e pelo qual passou a ser objecto de culto em todo o império. A divinização da figura do imperador constitui o elemento de coesão do poder).
. 23 aC – o povo e o Senado estenderam o império proconsular a todo o espaço do Império e atribui-lhe o Poder Tribunício através do qual adquiriu o direito de propor leis, vetar as decisões do Senado ou dos  magistrados e a inviabilidade da sua pessoa.
. 12. aC, recebeu o cargo do Pontifex Maximus controlando o poder sacerdotal e religioso.
. Octávio César Augusto, conseguiu para si, uma autonomia pessoal, absoluta e de carácter quase divino, o que originou  o culto imperial .



- A importância do urbanismo no território imperial.

. a cidade como centro administrativo capazes de gerir os assuntos correntes e unidade do império
. Assim a reorganização e a criação das cidades foi uma prioridade
. o modelo romano capital do império foi seguido por todo o império (romanização).
. rodeada de muralhas, fórum, mercado, templos, teatros, termas, etc.
. questões urbanísticas, abastecimento da água, alimento, construção de vias e esgotos.
. federação de cidades dotadas de autonomia e com estruturas administrativas.



 Roma como cidade ordenadora da unidade do mundo imperial.

. 509 aC. , nasce Roma  com a vitória da aristocracia romana sobre os Etruscos.
.  A sua afirmação política justificou-se por necessidades de defesa, económica e glória.
. 146 aC.,  já domínio o Mediterrâneo Oriental.
. Uma vez constituído como Império levou a cabo a unificação de um grande espaço.
. Espaço de domínio de Ocidente a Oriente, da Península Ibérica, à Mesopotâmia,
. Das ilhas Britânicas até ao Egipto
. Cidades ricas e populosas: Roma, Cartago, Atenas ou Alexandria
. A república assente num modelo próximo da polis grega dava lugar a um regime monárquico.

. Cujo o poder estava num imperador, imperium e dotado de um carácter sagrado (Octávio Augusto). Apogeu do seu domínio entre o séc. I e II dc.  



A Educação dos cidadãos na Grécia Clássica 


- Em Atenas a partir do séc. VI aC. , a educação dos cidadãos passou a ser encarada de forma mais ampla.

- Essa aprendizagem seguia as seguintes etapas:
. Aos sete anos as crianças eram educadas pela mãe no gineceu.
. Os rapazes iam à escola e preparavam-se para ser cidadãos.
. as raparigas aprendiam os louvores.


1ª  Etapa – 7anos:

- o currículo de aprendizagem incluía as seguintes matérias: leitura, escrita e aritmética.
. O objectivo era o domínio da escrita e da leitura.
. Obrigatório era o conhecimento dos poemas de Homero e de Hesíodo, que deviam recitar de cor.
. As disciplinas como a poesia e a música, favoreciam a harmonia e o ritmo.

. O acompanhamento das actividades escolares era feita pelo pedagogo por vezes um escravo culto.
. A preparação física tinha duas finalidades a preparação física e a defesa da polis quando necessário

2ª Etapa – 15 anos

 . A formação cívica e física concentrava-se no exercício físico nos ginásios.
 . A aprendizagem com vista à sabedoria completava-se na procura da sabedoria ( Matemática e Filosofia).

3º Etapa –

. Aos 18 anos, pertencia ao grupo dos efebos , devendo cumprir um serviço militar de dois anos, findo o qual eram considerados cidadãos em pleno dos seus direitos civis e políticos.

. A educação cívica completava-se com a sua participação nas assembleias, no exercício das magistraturas e os debates na agora.
  

A partir do séc. V a formação dos cidadãos integrava o desenvolvimento do espírito crítico e a facilidade de expressão.


. Este saber era difundido pelos Sofistas, que eram objectivos de crítica porque eram pagos. 


As grandes manifestações cívico – religiosas na Antiga Grécia


. culto dos deuses de cada uma das cidades, eram organizados pelos cidadãos, funções religiosas a cargo dos arcontes e as despesas asseguradas pelo tesouro público da cidade e pelos mais ricos. Participação nestas actividades religiosas  eram tão importante como a política e o serviço militar.

1 - As festas das  Panateneias.

- decorriam durante seis dias toda a população( em honra da Deusa Atena)
- realizavam-se todos os anos , mas em cada quatro anos, denominavam-se as Grandes Panateneias
- nessa ocasião se desenrolava a celebre procissão das Panateneias [era nessa ocasião que os jovens sacrificavam num altar os animais (cerca de 100 bois /a deusa era presenteada por um manto bordado pelas donzelas das melhores famílias de Atenas
- incluíam também orações e concursos literários, atléticos e musicais.

2 – Os Jogos Oímpicos  –Jogos Pan-helénicos.

- 4 em 4 anos – em Olímpia em honra de Zeus, Hércules ( heroí que lhes deu nome) e Pélops (1ºvencedor).
-antes da competição- “tréguas sagradas” –prisão com armas nos Jogos
- as raparigas solteiras podiam assistir aos jogos
- Integrava as  cerimónias religiosas celebradas no templo de Zeus
- Incluía uma série de provas desportivas: Luta, Pugilato, a Corrida e as provas equestres.
-Promoviam a cultura física – que ia ao encontro da sua formação.
- A coroa de louros era atribuída ao vencedor/o campeão era o orgulho da cidade.
-realizaram-se entre 776ac.  – retomados na era moderna em 1896

3 - Jogos Nemeus [Delfos  em honra de Zeus e Hércules] e Istímicos [ em Coríntio – Jogos honra de Posídom] 
-realizavam-se 4 em 4 anos  -  começaram por ser apenas concursos musicais, depois desportivos e religiosos).

-pelo contrário procuraram entre homens e cidades pré-helénicas.


Teatro

-O teatro nasceu – das festas em honra Dionísio - durante seis dias
- Espaço organizado em três áreas distintas: o palco, a orquestra e bancadas.
- no séc.V a.c.- era acima de tudo uma celebração religiosa de certa severidade [temas : lendas dos deuses e heróis]
- coros e danças – homenageava o deus- representações dramáticas
  
 A Tragédia [carácter moralizador subordinando o homem aos deuses e seus desígnios ] –
Principais poetas: Esquilo, Sófoles e Eurípides.

A comédia [incitava ao riso e à boa disposição sem, no entanto valorizar os objectivos moralizadores – crítica o comportamento dos políticos e no modo satírico como critica o comportamento dos políticos e as correntes intelectuais e culturais do seu tempo ].
Principal poeta: Aristófenes.

Função de Jogos: - Evitar o antagonismo e ódio, pelo contrário procuravam promover o convívio entre os homens e cidades pan - helénica.  



Os principais limitem à participação democrática na Grécia Clássico.

- O nº de cidadãos que gozavam de plenos direitos não ultrapassava os 10 %.
 - Entre os habitantes que estavam excluídos da vida política contava-se:

 As mulheres:

- Embora respeitadas tinham uma liberdade restrita.
- Não participavam na vida política e urbana.
- Estavam limitadas ao lar [ gineceu], aposentos privados.
- Dedicava-se á educação dos filhos e às tarefas domésticas.
- Estavam sobre a tutela do marido ou do irmã mais velho

 Os metecos:

- Eram estrangeiros e apesar do seu papel na vida económica não tinham direitos políticos.

Os escravos:

- Eram cerca de metade da população ateniense.
-Não tinham personalidade júridica.
- Antigos prisioneiros de guerra.
- Garantiam a vida e o bem estar da população.
- Libertavam os cidadãos para os seus negócios.

As normas reguladoras da democracia incluíam o ostracismo e a pena de ordem, para os cidadãos que prejudicassem o funcionamento do sistema democrático. O sorteio, a rotatividade dos cargos e a demagogia, acabaram por em determinados momentos por se afirmarem como obstáculos ao regime.



As principais normas reguladoras da democracia grega


- Renumeração pelo exercício de cargos públicos = evitando que apenas participação política fosse condicionada pela fortuna.
- Preferência do sorteio relativamente em relação ao à eleição = assegurava o acesso a todos ao desempenho de cargos políticos/públicos, através da rotatividade e não apenas aos mais cultos ou importantes.
- Carácter transitório e rotativo dos cargos = corrupção, formação de clientelas e abusos e poder.
- Prestação de contas pelos magistrados no fim dos mandatos = evitava os abusos do poder e a corrupção.

- Ostracismo = exílio da cidade durante 10 anos = evitar a tirania e os conflitos entre os cidadãos.


 O papel dos principais reformadores no processo de consolidação da democracia na Grécia Clássica.     

- As reformas de Sólon – arconte 594 aC., acabou com a escravização por dívidas e reconheceu a todos os cidadãos da Ática o direito de cidadania. Embora as principais magistraturas da cidade continuassem reservadas aos aristocratas, a Assembleia abria-se a todos os cidadãos.  

- As reformas de Clístenes, considerado o fundador da democracia ateniense, instituiu o sistema decimal que serviria de base ao funcionamento das instituições. Reorganizou, para isso, o território ático, dividindo em 10 tribos subdivididas, por sua vez 10 demos. Qualquer que fosse a sua origem ou fortuna todos pertenciam ao demo que habitavam. Destas circunscrições sairiam os cidadãos que governavam a cidade. Com base na demo e no princípio da igualdade dos cidadãos que aí habitavam, surgia noção do novo regime a democracia.       

- As reformas Péricles, defendeu a participação democrática e instituiu o princípio da democracia directa. Não havia distinção de riqueza, profissão o grau de riqueza. Cidadãos eram apenas homens livres, filhos de pai e mãe inscrito na demos. Atribuição de salários para cargos públicos. 

Uma democracia – isto é a soberania partilhada por todos os cidadãos.
 . o seu exercício era feito de forma directa – o governo era exercido pelos próprios cidadãos
. cidadão eram apenas os homens livres, filhos de pai e mãe ateniense inscritos na demos  

Por vezes a título excepcional era concedido a um estrangeiro

. não havia distinção, profissão, riqueza ou grau de instrução
. através de eleições ou sorteios, eram eleitos de forma temporária ( geralmente anuais e rotativos) 
.Os direitos do cidadão : - isonomia – igualdade perante a lei
                                         Isocracia - igualdade de acesso aos cargos políticos
                                         Isogracia – igual direito de todos a palavra

A partir do séc. V e IV ac exerciam a cidadania no âmbito das instituições e órgãos de poder consignados na  Constituição de Atenas         



O modo de organização cívica e política na Grécia Antiga.

- Multiplicidade de polis ou cidade de estado
- Numero de cidadãos reduzido – 400.000 [ Atenas + populosa ] .
- Corpo cívico reduzido nem todos eram cidadãos   [ não incluía escravos, mulheres  e estrangeiros ]
- Aos cidadãos – conduziam a vida política, legislativa [leis, e cerimónias religiosas
- Capacidade de defesa

- A capacidade de governo depende da relação entre o território e a população. [ Ideal da autarcia]

Os principais elementos da polis Grega.


- duas partes fundamentais: parte alta e a parte baixa
 - inicialmente a polis organizou-se  na parte alta [ acrópole] – função defesa
 - sendo  o centro da vida religiosa e política
 - residência dos nobres e bem como centro da vida religiosa
- acrópele torna-se culto – ofertas aos deuses e procissões
- mais tarde, situação de Paz 
 - surge agora – praça Pública [ mercado] e centro cívico da cidade.
 - como mercado servia para a transacção comerciais e lugar de reunião para assembleias públicas.
 - localizada na parte mais baixa era o centro da vida política,  económica e social.
 - tribunal - justiça
 - circo e teatros
 - fontes – indispensável para o abastecimento de água.
 - templos e altares – santuários para o culto dos deuses


Síntese: A polis não se limitava ao espaço urbano propriamente dito; englobava igualmente as terras circundantes, onde se cultivavam os produtos necessários à sobrevivência da população e de pastagem dos seus rebanhos. Compreende-se que assim fosse, porque o ideal de autarcia pressupunha não só existência de instituições políticas próprias mas também que a cidade fosse auto-suficiente no plano económico e militar, possuindo o necessário (alimentos, mão-de-obra, exército) à sua existência.