domingo, fevereiro 05, 2012

Os testemunhos materiais, antes da escrita no Alentejo (distrito de Beja)...


Menir no Monte Mac Abrão -Vidigueira


Dólmens na Herdade de Corte Serrão - Vidigueira


Castro da Cola - Ourique 


Hippocaustum - Villa Romana de Pisões -Beja.


Antes da escrita … a região onde se confina o actual território do Alentejo, encontra os seus primeiros legados históricos para tempos imemoriais no Sul de Portugal os primeiros achados, situa-se no início do Paleolítico Inferior, onde se reconhecem as primeiras indústrias líticas, com o condicionalismo que o tempo e a arqueologia determinam. Mas, antes do registo escrito, entre um longo período entre a Pré-História e as Origens da Romanização, a longa planície Alentejana conserva hoje uma série de vestígios históricos que merecem ser observados, visitados e estudados, não só pelos académicos mas também pelo cidadão de comum no contexto da sua formação e integridade cultura. O nosso ponto de partida por hoje centra-se no actual Distrito de Beja e teria início no Castro da Cola, um povoado árabe, a cerca de 12 Km a Sul Ourique, próximo da Alcaria de Fernão Vaz, MN. 16.6.1910: cujo circuito arqueológico nos levaria do Neolítico à Idade Média, incluindo-se também a visita ao depósito votivo da II Idade do Ferro, mais conhecido por Forte do Garvão e classificado como IPP, Decreto nº29/60 de 17.7. O presente itinerário incluiu uma série de vestígios da ocupação humana, tais como antas e necrópoles, este espaço arqueológico expressa-se pela dimensão do espaço arqueológico. Por uma questão de orientação, no espaço e de importância arqueológica, não podíamos deixar de visitar o Menir Grande de Zambujeiro, o maior que existe no actual território português e o Menir do Outeiro com os seus quase seis metros de altura ou o complexo cromeleque de Almendres. Estes testemunhos arqueológicos, reflectem sobretudo uma forma de vida comunitária em que o culto da fertilidade ocupava um espaço no imaginário destas sociedades primitivas.  Ainda no Distrito de Beja, as monumentais villas romanas de Pisões e de S.Cucufate, a primeira situada na Herdade de Argamaça ( freguesia de Santiago Maior – I.I.P. , Decreto Nº252 /70 -3-6) , cujo espólio está datada para o Séc. I d.c. , do qual se escavou parcialmente a pars urbana, com cerca de quarenta divisões centradas num pequeno peristilo.  No lugar de São Cucufate, junto à Vila de Frades, destaca-se as ruínas de Santiago. Villa Romana do séc. I alterada na primeira metade do séc. II e destruída no séc. IV para a construção do edifício que hoje é visível. Na idade Média serviu de convento e foi abandonado no séc. XVI ( I.P.P., Decreto nº29/90 -17.7).  No distrito de Beja estão ainda classificados neste  largo período : Castros (5); Pontes Romanas (2); Atalaias (2)  Villas Romanas (1); Anta (1); Galeria dolménica (1); Barragem (1) e ( Menir (1). Relativamente aos Imóveis Classificados no distrito de Beja contam-se cerca de seis dezenas, sendo os seguintes os graus de classificação: Monumentos Nacionais (20); Imóveis de Interesse Público (44) e valores concelhios (5). Todavia, outros espaços arqueológicos e monumentais aguardam a sua classificação  já que o valor monumental e artístico do distrito de Beja não se resume ao Património Classificado.          
Nota: MN: - Monumento Nacional ; IPPP-Imóvel de Interesse Público.