sábado, junho 30, 2012

Elvas é a mais recente edificação nacional classificada pela UNESCO ...se gostou do que viu venha cá ...




A cidade de Elvas ... e os Elvenses foram hoje distinguidos pela UNESCO ....


Castelo de Elvas ( reedificado em 1226) iniciava-se a ... aventura construtiva .


Aqueduto das Amoreiras (1498 -1622) ...
D.Manuel  I preparava as condições para o nascimento de uma nova urbe nas proximidades da fronteira do Caia



O núcleo urbano ameaçado após a restauração da soberania nacional em 1640 dava lugar à sua Praça Militar que atravessou a história nacional até ao séc. XX .


Mas a defesa da Praça entreicheirada completava-se com as obras anexas ...



O Forte de Santa Luzia (1641-1642) reforçava as partes sensíveis da Praça ...


O Forte da Graça (1658-1792) completava o eixo defensivo.



A casa do Governador do Forte ou da elite aristocrática e militar de Portugal na Época Contemporânea


         As guaritas vigilantes esperam os visitantes e apelam a defesa do rico património da cidade ....Espera-se uma nova Era ... para a cidade ...num tempo de distinção que é necessário a partir de agora sobretudo consolidar e reforçar ....

As fortificações da cidade de Elvas foram classificadas, na categoria de bens culturais, ao início da tarde de hoje na 36.ª sessão do Comité do Património Mundial, que está reunido em São Petersburgo, na Rússia. O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é considerado o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares. Incluindo todas as fortificações da cidade. A praça muralhada e as obras anexas da Praça de Elvas, que inclui os dois primeiros recintos amuralhados do período islâmico, o terceiro recinto do período medieval edificado no reinado de D. Fernando e a praça militar da época moderna, definida por um polígono irregular, com doze frentes, sete baluartes e quatro meia-baluartes. O sistema defensivo da praça forte, integra o Forte de Santa Luzia, do século XVII, e o da Graça, do século XVIII, os  três fortins do século XIX e uma das mais importantes  da obras da arquitectura civil do gótico final em Portugal   o Aqueduto da Amoreira. De realçar ainda que a classificação do conjunto monumental elvense marca o regresso das classificações abaluartadas à Europa, após as classificações das chamadas casas Vauban em França em 2010  … Por último, o reconhecimento do empenho da Câmara Municipal de Elvas, neste projecto  dinamizado pelo seu Presidente  José António Rondão de Almeida e pela Dra. Elsa Grilo ao longo de mais de uma década neste projecto, embora com maior empenho nos últimos sete anos e a certificação científica e académica do projecto nas figuras dos Prof. Doutores António Ventura e Domingos Bucho … e com os votos de felicidades a todos os elvenses nesta hora de felicidade que seja eterna e de afirmação de uma cidade com HISTÓRIA e PATRIMÓNIO que termino este supersónico post …         

Elvas integra assim a lista dos espaços nacionais que são património mundial da UNESCO:

quarta-feira, junho 20, 2012

Praias históricas portuguesas ...


Praia D. Ana no início do séc.XX ...nos anos 90 era uma das praias da moda da costa algarvia.

Praia da Figueirinha uma das mais populares na Península de Setúbal (1940)


Praia do Tamariz no top do Jet Set em meados do séc.XX 


Praia da Ericeira ... que ficou na História de Portugal ... como lugar de partida da Corte Real para o exílio (1910)


Praia de São Martinho em meados do séc. XX ... local de veraneio das elites nortenhas. 


Praia da Nazaré ( meados do séc.XX) - entre o lazer e a faina da pesca.

quinta-feira, junho 07, 2012

1.4 - A emergência de uma sociedade no Alentejo em formação.



Da região Entre -Douro chegaram os senhores do Alentejo. 



A nobreza da reconquista ampliou os seus poderes político militares



A colonização na época de trezentos marcou a demografia das terras de Além Tejo


A carta foral torna-se a matriz orientador dos concelhos que se foram afirmando no sul peninsular, em terras do Alentejo, apesar das especificidades locais a influência do modelo da Carta Foral de 1179, para os concelhos urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra era evidente e de um modo particular em terrais da raia onde era necessário fortalecer posições relativamente à ameaça islâmica, como podemos comprovar pela análise dos forais de Évora, Montemor, Elvas,  Olivença, Arronches, Alter do Chão, Nisa, Crato, Tolosa e Marvão, no Alto Alentejo. Mas também mais a sul, no interior, Mértola ou no litoral, Alcácer, Alcáçovas, Aljustrel e Garvão. Mas, as cartas de foral foram também como já sabemos um incentivo à existência ou à iminente fundação de uma determinada localidade, onde não faltaram colonos da região Entre - Douro e Minho, das Beiras e até de outras nacionalidades, de facto a existência de localidades no norte do Alentejo como Montalvão, Nisa ou Tolosa, parecem demonstrar a presença de efectivos populacionais do distante reino Franco. Mas há medida que a colonização e o povoamento, como resultado de um movimento populacional visível nas terras de planície. A partir do séc. XIII contribuía decisivamente para a emergência de uma nova sociedade. De um modo geral, uma vez mais a realidade peninsular, se sobreponha à forma de organização de um estado em plena afirmação, de facto tal como na Extremadura Espanhola, a nova sociedade emergente era regulada por um conjunto de doações régias extensas às ordens religiosas, alguns senhores exteriores a essas localidades e a elas propriamente ditas. Entre os grandes senhores do Alentejo nos primeiros tempos do Alentejo, destacavam-se os Aboim, os Anes, os de Baião e os Cogonimo. Tratava-se de grandes senhores da região Entre o Cávado e o Minho, cuja sede da sua linhagem se encontrava a Norte do Douro, onde se situavam o seu principal núcleo de bens e naturalmente o seu solar. O seu apelido estava de um modo particular ligado à sua naturalidade os de Baião desde cedo grandes proprietárias agrários chegarão à Corte por força da sua política de matrimonial que os aproximou dos Sousa e cuja política de doação régia e de aquisição, permitiram a sua afirmação como grandes proprietários na faixa central com grandes domínios que se projectavam nos actuais concelhos de Évora e Beja; os Anes, concentravam os seus bens fundiários na raia do Alto Alentejo e compartilhavam a sua presença com os de Baião e com Aboim, na região central do Alto Alentejo, mas a cabeça da família, D. Estevão Anes centrava os seus réditos no aglomerado de propriedades situadas em Portalegre, Monforte, Elvas, Montemor-o-Novo, Évora, Alvito e Beja. Em contrapartida os Aboim, descem ao sul onde vai anexar à sua sumptuosa riqueza grandes latifúndios nos concelhos de Elvas, Évora, Reguengos e Portel, na altura em que o chefe de linhagem, D. João Peres de Aboim frequentava a Corte e pertencia ao núcleo de proximidade de D. Afonso III.  A estes ricos homens juntava-se o grande proprietário do Reino, o próprio rei, com os seus reguengos que a sul do território com as suas vastas propriedades, mas em percentagem nada tinha a ver com a sua fortuna agrária, quer a norte, quer ao Centro  … mesmo assim Arraiolos ; Viana do Alentejo e Beja, integravam os concelhos onde se situavam as melhores terras do património da Coroa.        

O conceito de Humanismo



A Virgem e o Menino e o Menino com Santa Ana, 1510, Leonardo da Vinci
(Museu do Livre Paris)

O termo “humanista” foi pela primeira vez como forma de designar os professores das artes liberais romanas (geometria, gramática, filosofia moral, retórica e poesia). A partir de então, tal termo tornou-se corrente para designar qualquer indivíduo com interesse e conhecimento pela cultura clássica e pelo valor das emoções e das relações sociais. Se inicialmente o humanismo se afirmou como um movimento literário erudito, acabou por se afirmar como um movimento centrado na busca do passado clássico e da natureza humana. O humanismo foi também responsável pela mudança do estatuto do artista, fazendo a transição entre o artificie e o artista. Outro aspecto, relevante nas representações artísticas como resultado da valorização da razão e das questões racionais, foi sem dúvida o “corte” com a concepção tradicional que valorizava fundamental a figuração das figuras divinas. De facto, os artistas começaram a representar o sagrado como pessoas vulgares, caso da Virgem, que nas obras de Leonardo da Vinci e Caravaggio eram representadas como raparigas vulgares. Os humanistas estavam cientes da importância da educação, visto estarem convencidos de que os podres racionais da mente humana podiam captar os modelos lógicos do universo. Tal raciocínio inspirou a crença de que a arte podia ser objecto de codificação em regras para efeitos de ensino, nascia assim o conceito de academia como forma de assegura a aplicação correcta das regras.