quinta-feira, setembro 20, 2012

Francis Bacon ...uma referência da figuração contemporânea



Papa Gritando, colecção William Burden, Óleo sobre tela,  152X118 cm (1971)


Study Ford Head, Tate Modern, Óleo sobre tela, 360x305 mm


Três Estudos do Homem de Costas, Óleo sobre tela, 198x147.5 cm, Kunsthaus Zürich 


Francis Bacon ( Dublin -1909 / Madrid -1992) é um dos mais destacados pintores britânicos do pós guerra,  cuja obra apresenta como temas centrais a representação da sociedade, a crueldade do indivíduo e a representação das figuração em interiores. Natural de Dublin, inicia a sua actividade profissional como desenhador de móveis e interiores, descobrindo a actividade pictórica como autodidacta na década de 1930 para se dedicar em exclusividade após a Segunda Grande Guerra. Profundamente impressionado pelo Surrealismo, as suas representações visionárias do retrato da condição humana aparece como suspensas, num conflito entre o controlo, o medo, a agressão e a dor. No seu processo criativo, Bacon se inspirou tanto nos apocalipses de Bosco, como em Wiliam Blake, Edvard Much ou Vicent  Van Gogh. Nos seus retratos explorou sem cessar variações em que o tema tinha como objecto a introdução de figuras em espaços interiores. A sua rigorosa estruturação contrasta com o efeito sugado nos quais as figuras surgem quase mutiladas, ejectadas com pinceladas e colores muito expressivas. Para além do retrato propriamente dito executou numerosos trípticos e é considerado uma das figuras de referência no renascimento na arte figurativa na Europa.