quarta-feira, setembro 18, 2013

Thomas Woodrow Wilson e a criação da Sociedade das Nações

“A criação de uma sociedade em que todos os Estados, tanto grandes quanto pequenos, cooperassem para a preservação da paz era o velho sonho dourado do presidente Wilson. Fora essa, na verdade, uma das principais razões que o tinham levado a entrar na guerra. Acreditava que a derrota da Alemanha seria um golpe mortal vibrado no militarismo e que seria possível estabelecer então um controle das relações internacionais por uma comunidade de poder, ao invés do complicado e ineficiente equilíbrio de poder. Contudo, para conseguir que a Liga ou Sociedade das Nações fosse aceite, viu-se obrigado a transigir em numerosos pontos. Permitiu que na sua ideia primitiva de uma redução dos armamentos “ ao nível mínimo das condizentes com a segurança interna” fosse formulada de maneira que lhe dava um sentido completamente diverso, dizendo “segurança nacional”. Para induzir os japoneses a aceitar a Liga, concordou em deixar-lhes as antigas colónias alemãs na China. A fim de agradar aos franceses, sancionou a exclusão da Alemanha quanto da Rússia, a despeito da sua velha insistência de que ela devia incluir todas as nações. Esses inconvenientes eram bastante sérios, mas a Liga recebeu um golpe ainda mais grave quando foi repudiada pela própria nação cujo presidente a havia proposto. Instalada sob auspícios tão desfavoráveis, a Sociedade das Nações jamais conseguiu cumprir as metas do seu fundador. Somente em poucos casos logrou afastar o espectro da guerra, e em todos eles as partes litigantes eram nações pequenas. Mas em todas as disputas em que se envolviam uma ou mais grandes potências, a Sociedade das Nações não obteve sucesso”.